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Fundo Setorial do Audiovisual terá recurso ampliado em 2011 De São Paulo

Valor Econômico, 22/12/2010

Fundo Setorial do Audiovisual terá recurso ampliado em 2011

De São Paulo

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram ontem editais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), um dos principais mecanismos da política pública para a indústria Audiovisual no país. O valor disponível será de R$ 170 milhões.

O fundo foi criado há três anos, com recursos da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) e do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). No primeiro ano de operação, foram destinados R$ 37 milhões, subindo para R$ 83 milhões em 2009.

Os recursos são distribuídos em quatro linhas: uma voltada para produção de longa-metragem (R$ 38 milhões), uma para produção de seriados e minisséries de TV (R$ 20 milhões), uma para aquisição de direitos e distribuição de títulos de longa-metragem (R$ 20 milhões) e uma linha para comercialização de longa-metragem nas salas de cinema (R$ 5 milhões).

Os editais anteriores destinaram recursos para 130 projetos de cinema e TV. De acordo com o edital, o fundo torna-se sócio dos estúdios e recebe participação na arrecadação com a bilheteria.

A sócia da Total Filmes, Walkíria Barbosa, afirma que o setor tem dificuldades para captar recursos. Os incentivos fiscais limitam a captação por obra em R$ 7 milhões. Os recursos restantes são obtidos com financiamento bancário convencional. “Poucos setores geram uma receita tão alta em comparação com o investimento feito por obra como o cinema”, diz Walkíria.

Ela cita o caso do filme “Tropa de Elite 2″, que exigiu investimento de R$ 16 milhões e já gerou receita de R$ 97,9 milhões. E o filme “Nosso Lar”, que teve custo de R$ 20 milhões e gerou bilheteria de R$ 36,1 milhões. Há também vários casos de prejuízo. “O Cinema perde por ano US$ 700 milhões com pirataria, que só pode ser combatida com produções digitais. Para ter uma produção digital é preciso captar mais de R$ 7 milhões por obra”, afirma. (CB)

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