O Brasil perdeu hoje a voz dos seus carnavais. Símbolo, marca, semente, fruto e nobreza de tudo que se sintetiza no samba e na cultura do povo brasileiro. Nele, a própria afirmação soberana do intérprete.
Voz na primeira pessoa. Voz de protagonista. Voz de estação primeira de Mangueira. Por ser árvore matriz do imaginário brasileiro, fez-se a única Mangueira que deu um Jamelão: prova viva do quanto um artista popular pode estar enraizado no meio que o legitima.
A voz de Jamelão continuará inventando enredos para desfilarmos sem perder o ritmo, sem perder a cadência, sem perder a essência.
Gilberto Passos Gil Moreira
Ministro de Estado da Cultura
Participação do Leitor