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A hora e a vez das Mídias Sociais

Wagner Fontoura - Boombust (blog)

link para o post original

Comecemos por uma definição básica do que são Mídias Sociais, com base em alguns apanhados que fiz pela rede sobre o tema, em fontes que usarei e nominarei (leia-se linkarei) no decorrer desse post:

Mídias Sociais são tecnologias e práticas on-line, usadas por pessoas (isso inclui as empresas) para disseminar conteúdo, provocando o compartilhamento de opiniões, idéias, experiências e perspectivas (e eis o seu 1º grande diferencial). Seus diversos formatos, atualmente, podem englobar textos, imagens, áudio, e vídeo. São websites que usam tecnologias como blogs, mensageiros, podcasts, wikis, videologs, ou mashups (aplicações que combinam conteúdo de múltiplas fontes para criar uma nova aplicação), permitindo que seus usuários possam interagir instantaneamente entre si e com o restante do mundo.

Mídias Sociais não são novidade. Novas ferramentas de Mídia Social vêm surgindo e se estabelecendo, passando por mutações evolutivas naturais – vide os blogs, que nasceram diários virtuais (muitos permaneceram assim e combinemos que não há problema algum nisso) e tiveram sua natureza diversificada com o tempo, a ponto de se tornarem, inclusive, instrumentos de efetiva geração de negócios, por exemplo.

Liberdade de comunicação interativa, combinada à facilidade de uso das ferramentas para fazê-lo e a uma arquitetura participativa em redes, forma a base da receita para que as plataformas de Mídias Sociais possam ser classificadas como a mais poderosa forma de mídia até hoje criada. Na versão interativa da web é possível fazer muito mais com muito menos e isso é muito poderoso!

Há quase um ano, um dos primeiros post a habitar a já extensa lista de artigos sobre Mídias Sociais dos meus bookmarklets chamava a atenção para cinco razões que fazem da Social Mídia um sucesso:

  1. Normalmente, todos os dias as pessoas se dão a chance de sair da sua zona de conforto e explorar novas áreas de interesse, conhecer novas pessoas e assumir riscos;
  2. Os usuários têm o controle sobre o que eles fazem on-line. O seu destino está em suas mãos; podem ser quem quiser, quando quiserem;
  3. Não é um capricho e sim uma tendência que funciona. É um conceito que atrai os usuários e continuará atraindo até que a mídia social 2.0 vá embora;
  4. As possibilidades não tem fim. Quem duvida que o MySpace é um sucesso? E o Youtube? Essas plataformas são apenas o começo, logo os usuários terão ferramentas para fazer o que quiserem;
  5. A Mídia Social é fácil. As ferramentas de mídia social são de fácil configuração e se forem bem feitas são fáceis de ganhar dinheiro.

Já é possível, há algum tempo, monitorar e analisar, com base na avalanche de conteúdo já construido a partir das Mídias Sociais, o que os consumidores estão falando, pensando e postando sobre a sua marca em meios como blogs, comunidades, fóruns e comunidades virtuais. Promover a partir disso análises qualitativas e quantitativas de dados para, por exemplos, entender o impacto de um lançamento de produto ou campanhas de marketing, identificar e gerenciar crises e a saúde de marcas, sugerir oportunidades para o negócio por meio da identificação de insights da categoria. E por aí vai uma caminho possível, que hoje já é bem mais do que “uma pequena trilha em pavimentação”…

cafe-com-blogs-3a-ed.jpg

Nesse exato momento no qual escrevo este post, pessoas e empresas estão debatendo e tentando não apenas entender mas fazer o melhor uso possível dessa “máquina 2.0“.

“Quase 10 milhões de pessoas acessaram e leram blogs no Brasil, de acordo com dados do Ibope/NetRatings de dezembro de 2007, o que representa 45% do número de internautas ativos no mês. Em um ano, a expansão foi de 37%. O número de internautas ativos cresceu 49% em 2007, atingido 20,4 milhões de pessoas. Para se ter uma idéia, o Brasil cresceu, em número de internautas mensais, mais do que os Estados Unidos (2,2%), França (14%), Espanha (11%) e Japão (8,5%).” Fonte [IDG Now]

A todo momento, profissionais dessa “nova mídia” vão encontrando (ou criando) caminhos que pavimentam essa trilha para que novos mercados sejam formados em torno desse eletrizante cenário.

Ainda essa semana, participando da 3ª edição do Café.com blog – encontro de empresas com expoentes da nova Mídia Social promovido pela Revista Bites sob assessoria do Manoel Netto e da Lúcia Freitas – saí com o sentimento de que está próximo o dia em que anunciantes, agências, mídias tradicionais e mídias sociais estarão sentados à mesma mesa, falando uma linguagem comum, também aqui no Brasil. E nesse dia haveremos de dar boas risadas de muitas coisas como, por exemplo, da ingenuidade e das obviedades de um tal conflito entre jornalistas e blogueiros, entre blogueiros românticos e probloggers, de “como ganhar dinheiro com mídias sociais?” e coisas do gênero.

Pra encerrar por agora, sugestão de leitura parcialmente complementar e completamente irresistível: Se eu pudesse falar a língua dos blogs, by Carlos Cardoso, trazendo, de uma forma irreverente e inteligente, pontos de vista convidativos à discussão continuada.

E, finalmente, um vídeo bastante interessante, gentilmente enviado pelo Núcleo de Novas Mídias da Fundação Padre Anchieta: trecho da gravação do programa Roda Viva com Steven Johnson na última segunda-feira.

Grande abraço!

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2 comentários

  • Maria do Carmo M. Viegas

    16 de março de 2009

    As Mídias Sociais é um fenônemo excelente. Lugar onde o leitor pode ser autor e co-autor, podendo interagir quando se fizer necessário.
    Realmente é uma revolução tecnológica. Sabemos entretanto, que “amanhã” poderemos ter avanços ainda maiores.

  • Carol

    11 de junho de 2008

    Pelo menos vocês linkaram.