Ministério da Cultura - MinC » minc http://www.cultura.gov.br/site Ministério da Cultura do Brasil - www.cultura.gov.br Wed, 19 Jan 2011 22:13:01 +0000 en hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.0.1 Cultura, política de Estado (Artigo) http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/cultura-politica-de-estado-artigo/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/cultura-politica-de-estado-artigo/#comments Wed, 19 Jan 2011 12:03:13 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112188


EDUARDO PORTELLA

Cumpre repensar a mídia eletrônica, longe de conceitos patrimonialistas de integristas e de preconceitos intelectuais das academias engessadas

São válidos, mesmo que contraditórios, os recentes debates sobre o lugar da cultura hoje.

Cabe ao Ministério da Cultura a função de operar políticas públicas enraizadas e promissoras, tornando-se inadiável formular, ver e rever o seu percurso, selecionar questões pertinentes, absorver formas de criação e compreensão. Talvez deva mesmo situar a sua política cultural no contraponto de ação-reflexiva e reflexão-ativa.

O modelo predominante vinculava claramente estabilidade econômica e desenvolvimento. Mas o desenvolvimento já não é uma empresa de alguns, e sim um empreendimento de todos. Por isso mesmo deixou de ser operação contábil para se transformar no esforço radical de qualificação.

É preciso elaborar indicadores qualificativos, capazes de reequilibrar ou até de civilizar a voracidade dos indicadores quantitativos. A cultura perde a sua força vital toda vez que adota a economia como padrão ou referência compulsiva.

Não podemos ignorar que herdamos um pesado deficit cultural que vem de longe. A reversão desse quadro clínico desfavorável deve ser rigorosamente priorizada, o que exige a inclusão da cultura como trabalho social avançado.

É preciso incluir a fatura cultural no empenho de reprocessamento da fratura social. É verdade que o Estado não produz cultura (graças a Deus!), mas pode ter função democratizadora no estímulo, na distribuição e no consumo.

Ao Estado, consciente de ser um mediador social, igualmente voltado para a prestação de serviços públicos, cumpre: contribuir ativamente para a desobstrução dos canais de transmissão existentes e apoiar outros novos meios; formar novas plateias, implantando e ampliando auditórios formais e informais; vitaminar a procriação cultural, mediante a seleção criteriosa de projetos instauradores; e estabelecer um novo repertório de endereços e núcleos culturais.

Sobretudo, cumpre repensar a mídia eletrônica despreconceituosamente, longe dos conceitos patrimonialistas dos integristas e dos preconceitos intelectualistas das academias engessadas. Patrimônio cultural, sim; fundamentalismo, não. Indústria cultural, por que não? Sem o esvaziamento contundente da complexidade.

Tudo isso passa pelo livro, pela leitura em campo aberto, pelas bibliotecas, pelas salas de cinema e de teatro, pelo vídeo, pelos cultos diversos, pela cultura do videoclipe, pelas lonas do circo, pelas quadras e pelos terreiros, pelos estádios esportivos e assim por diante.

Passa antes pela compreensão de que cultura é coisa séria. Para começo de conversa, cultura deve ser política de Estado, mas de Estado socialmente enraizado.

Vale lembrar algumas recomendações, talvez redundantes: reforçar o orçamento do MinC; ampliar as iniciativas interministeriais; descentralizar mais as ações do ministério; reoxigenar os fundos de cultura; trabalhar as emendas parlamentares para ganhar mais musculatura financeira, longe do clientelismo e da propaganda enganosa; reforçar a compreensão federativa.

Isso sem esquecer de que fins e meios devem ser calibrados cuidadosamente. À cultura cabe alistar-se na frente comum do hoje e do amanhã, como parte integrante do processo, e ajudar a devolver a confiança no país. Ela dispõe de condições potenciais.

EDUARDO PORTELLA é escritor e professor titular emérito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

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Patrimônio da Humanidade em perigo http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/patrimonio-da-humanidade-em-perigo/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/patrimonio-da-humanidade-em-perigo/#comments Wed, 19 Jan 2011 11:51:58 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112183


O Ministério da Cultura anunciou o repasse em caráter emergencial de R$ 500 mil, por meio do Programa Momumenta, para ações no Centro Histórico da Cidade de Goiás, conhecida como Goiás Velho. O objetivo é proteger a região que é um dos 18 Patrimônios da Humanidade localizados no Brasil. A cidade sofre com as fortes enchentes do mês de janeiro.

Todo o acervo do museu da Casa de Cora Coralina foi retirado preventivamente já que todo o local corre risco juntamente com toda a vizinhança. O Rio Vermelho corta todo o centro histórico e os moradores da área estão sendo orientados a se afastarem do local caso o nível das águas volte a subir. “Ainda não fechamos o orçamento, mas já destaquei R$ 500 mil para o Iphan socorrer a Cidade de Goiás. A verba tem caráter emergencial, mas o trabalho será permanente”, explicou a ministra. “A Cidade de Goiás tem um diferencial em relação às outras cidades. Ela é fundamental para a memória, para a lembrança e para a história do Brasil“, completou Ana.

A estratégia de ação será definida a partir do relatório apresentado na quinta-feira (13) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). De acordo com o documento, somente nos 13 primeiros dias do ano choveu 90% do esperado para todo o mês de janeiro. O principal efeito da alta do índice pluviométrico foi a cheia do Rio Vermelho, que corta a cidade e transbordou na última segunda-feira (10).

O relatório explica que as principais causas das constantes enchentes do rio são a erosão das margens e o grande número de curvas estreitas no curso de água, que aumenta a força da correnteza quando a vazão aumenta.

A casa onde viveu a poeta Cora Coralina (atualmente um museu) não sofreu dano, mas permanece interditada até que a Defesa Civil emita um laudo liberando sua ocupação. O local está vazio, porque o acervo foi removido preventivamente para a Igreja do Rosário. Na devastadora enchente de 2001, a água invadiu a casa e levou boa parte do material.

Risco iminente – Dos cerca de 800 imóveis tombados, 42 sofreram danos, sendo que dois sofreram perda total. Dez pontes também precisaram ser parcial ou totalmente interditadas e 123 famílias estão desalojadas. O prefeito de Goiás, Joaquim Berquó, decretou situação de emergência.

Patrimônio da Humanidade – O Centro Histórico da cidade de Goiás, antiga capital do estado, entrou em 2001 na Lista do Patrimônio Cultural Mundial, tornando-se o 17º Patrimônio da Humanidade localizado no BRASIL. A cidade tem importância histórica, por ser o local onde o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, localizou grandes jazidas de ouro.

A ocupação do terreno de topografia acidentada tem feito com que a cidade sofra impacto em épocas de intensas chuvas ao longo de sua história, como a grande enchente de 1839.

No final de 2001 e começo de 2002, menos de um mês após o recebimento do título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela cidade, cerca de 160 dos 800 imóveis tombados pelo Iphan foram danificados, entre eles a casa onde viveu Cora Coralina e onde estava o acervo da poeta. A força da água levou objetos e anotações pessoais da poeta. (Com Assessoria)

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Porto Velho é incluído no Sistema Nacional de Cultura http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/porto-velho-e-incluido-no-sistema-nacional-de-cultura/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/porto-velho-e-incluido-no-sistema-nacional-de-cultura/#comments Wed, 19 Jan 2011 11:37:23 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112181


A prefeitura de Porto Velho comemora mais uma conquista importante na gestão de Roberto Sobrinho. O município agora faz parte do Sistema Nacional de Cultura (SNC). Além de mais visibilidade e valorização da diversidade cultural, o município passará a usufruir de maior quantidade de recursos para investir no setor.

Conforme a vice-presidente da Fundação Cultural Iaripuna, Berenice Simão, ser inserido no SNC significa muito mais que recursos para investir na cultura local. “Teremos mais reconhecimento a nível de Brasil e a participação de todos os segmentos culturais, sugerindo políticas públicas para o setor, através da criação do Conselho Municipal de CULTURA“, comentou.

A proposta da prefeitura, por meio da Fundação Iaripuna, é criar todo o sistema para o fortalecimento da cultura local e, consequentemente, atender os requisitos exigidos pelo Governo Federal. Para tanto, o poder executivo já encaminhou à Câmara Municipal o projeto de lei que cria o Sistema Municipal de Cultura. Posteriormente serão criados o Plano, o Fundo, Conselho e Conferência Municipal de Cultura, que farão parte do sistema.

O projeto de lei encaminhado aos vereadores, conforme Berenice Simão, está de acordo com as orientações do Ministério da Cultura e informações obtidas em todas as conferências que a Fundação Iaripuna participou.

Com a criação do Conselho, a prefeitura irá cadastrar representantes de todos os seguimentos da cultura regional, os quais terão poder de voto. Também serão formadas as Câmaras Setoriais para discutir as propostas e sugerir a aplicação de recursos, além da fiscalização e aplicação. “Isso é inédito no Brasil e são poucos os municípios do país que se encontram no nível de Porto Velho”, declarou Berenice Simão. Ela acrescentou que o Plano Nacional de Cultura foi sancionado em 2010, pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva. “O Brasil agora passa a olhar com mais carinho todas as diversidades culturais e não apenas as regiões Sul e Sudeste”, enfatizou.

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Gasto zero http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/gasto-zero/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/19/gasto-zero/#comments Wed, 19 Jan 2011 11:25:03 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112172


2010 foi um ano de vacas magras para o patrimônio em Fortaleza. Dos R$ 6 milhões inicialmente previstos pela Secultfor, nada foi gasto. Prefeitura, no entanto, recusa ficar no zero e diz que investiu recursos de outras fontes

Sede administrativa da Prefeitura, o antigo Palácio do Bispo foi reformado e reinaugurado há um ano. Ação é apontada pela Prefeitura como marco na gestão do patrimônio histórico municipal (DÁRIO GABRIEL, EM 4/1/2010) Sede administrativa da Prefeitura, o antigo Palácio do Bispo foi reformado e reinaugurado há um ano. Ação é apontada pela Prefeitura como marco na gestão do patrimônio histórico municipal (DÁRIO GABRIEL, EM 4/1/2010)

O cidadão que, por ventura ou desejo, acessar o Portal da Transparência, mantido pela Prefeitura de Fortaleza com os detalhes sobre os gastos públicos (os três níveis de governo – municipal, estadual e federal – mantém seus portais), e procurar por lá a rubrica cultura, vai tomar um susto. No sub-item patrimônio histórico, artístico e arqueológico, dos mais de R$ 6 milhões previstos para todo o ano de 2010, zero foi empenhado, liquidado ou gasto. Isso mesmo: zero.

Mas eis que a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) explica: não é nada disso. “No caso da Secultfor, no exercício de 2010, as rubricas diretamente relacionadas a Patrimônio somam R$ 1.183.500″. O valor é bem inferior aos R$ 6.194.858 da dotação orçamentária no Portal, mas para isso também há uma explicação: cerca de R$ 5 milhões seriam destinados ao Complexo Cultural João Felipe (Museu da Cidade, Pinacoteca Municipal e Arquivo Histórico), mas “ainda não foi resolvida a questão da titularidade da posse do terreno que pertencia à antiga Reffesa e que hoje está sob domínio da Secretaria do Patrimônio da União (SPU)”.

A Prefeitura coloca ainda que os recursos são provenientes de outras fontes – orçamentos diretamente ligados ao Gabinete da Prefeita ou Coordenação de Projetos Especiais. A restauração do Paço Municipal (inaugurado dia 16 de janeiro, finalizado com um custo de R$ 4,7 milhões) e do Estoril, por exemplo, se encaixam nesse perfil. E explica também porque os recursos, originalmente previstos e expostos no Portal, não foram usados. “Isso se dá por uma peculiaridade própria dos projetos ligados ao Patrimônio, que têm início em anos anteriores e ainda estão em processo”.

Prioridade?

“”No Ministério da Cultura, antes que o Instituto do patrimônio histórico e Artístico (Iphan) possa agir, o Barretão tem que fazer o filme dele, a Cláudia Leitte e a Ivete (Sangalo) tem que fazer o show delas, o Zé Celso faz o espetáculo previsível dele. No campo estadual, no campo municipal, se repete a mesma situação. O departamento de patrimônio não tem estrutura técnica para fazer jus à preservação”, adverte Romeu Duarte, que durante 10 anos foi superintendente do Iphan no Ceará. Hoje ele é membro do Conselho Municipal de Proteção ao patrimônio histórico Cultural, organização que se reúne mensalmente e conta com 17 entidades.

Romeu credita a esta gestão uma maior atenção com o patrimônio, mas não vê cuidado nessa atenção. “Falta uma decisão mais forte e mais integrada da administração. Apesar da boa vontade, a Coordenação de patrimônio histórico-Cultural está desconectada com as outras áreas, as outras pastas. Metrofor e Prefeitura não conseguem se entender, por exemplo”. Ele aponta, ainda, a urgência de restauro da Escola Jesus Maria José, no Centro, atualmente muito desgastada: “Está abandonada e fechada. É preciso fazer com que ela não venha a desabar”.

Também membro do Conselho, o professor de arquitetura Euler Muniz, da Universidade de Fortaleza (Unifor), alerta para o risco que o patrimônio público corre com a chegada da quadra chuvosa. “Muitos desses imóveis sofrem de comprometimento estrutural e as chuvas acabam acentuando esses problemas”. E o mais grave: tem gente que usa essas edificações. As chuvas podem trazer perdas ainda maiores. “Como um homem ligado a patrimônio, a gente sente a necessidade de uma dedicação maior a esses bens”, lamenta. Para 2011, o Portal anuncia o orçamento: R$ 6.561.553.

Que o zero não se repita.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

No orçamento, a Prefeitura se comprometeu a investir R$ 6.194.858 em Patrimônio em 2010, mas não mexeu no dinheiro. Utilizou R$ 1.183.500 de outras fontes, no entanto.

Júlia Lopes

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Artes Plásticas do Centro-Oeste http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/artes-plasticas-do-centro-oeste/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/artes-plasticas-do-centro-oeste/#comments Tue, 18 Jan 2011 21:12:51 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112139

Adir Sodré está entre os convidados do 1º Salão de Arte Contemporânea

Luiz Fernando Vieira

Da Redação

O artista plástico mato-grossense Adir Sodré é um dos convidados do 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste, que será lançado hoje pelo Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG). A mostra, que ocorrerá no período de 28 de abril a 17 de junho deste ano, contará com trabalhos de artistas convidados e selecionados e visa promover uma amostragem panorâmica, incentivando, subsidiando e legitimando a atual produção da região.

Adir é um velho conhecido dos goianos e sua arte por várias vezes foi reverenciada naquele Estado. Em 1981, ele foi um dos destaques do I Salão Regional de Arte (dedicado aos artistas do Centro-Oeste), que foi montado no Centro Municipal de Cultura do Bosque dos Buritis. É dessa época a série em óleo sobre tela “Açougue Brasil“. A “Açougue Brasil I” e a “Açougue Brasil II” hoje fazem parte do acervo Museu de Arte de Goiânia, a segunda premiada naquela oportunidade.

O evento, diga-se, foi bastante proveitoso para a arte mato-grossense, pois também foram contemplados outros importantes nomes do Estado, como Alcides Pereira dos Santos, Gervane de Paula e Nilson Pimenta.

O pintor rondonopolitano também ficou com o prêmio de Melhor Obra na I Bienal de Artes de Goiás, realizada em 1988, no Museu de Arte Contemporânea de Goiás.

É interessante verificar que a obra de Adir dividiu espaço com a de Carlos Sena Passos, que é curador do 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste. Professor e mestre em Arte Publicitária e Produção Simbólica pela USP, esse baiano de Mairí vive e trabalha em Goiânia desde 1973, atuando como artista plástico desde 1980.

Como será? – O 1º Salão tem o seguinte formato: serão selecionados 20 artistas com obras nas categorias desenho, gravura, pintura, escultura, objeto, instalação, fotografia, vídeo-arte e performance. Os selecionados recebem pela participação o pró-labore no valor de R$ 2 mil, e concorrem a quatro (04) premiações no valor de R$ 10 mil. As obras premiadas passam a integrar o acervo artístico da UFG.

Para completar a amostragem e ampliar a reflexão sobre o percurso da linguagem contemporânea no Centro-Oeste, quatro (04) artistas (um de cada unidade) são convidados hors concours a participar da exposição devido à importância de suas obras e ao mérito de suas trajetórias em seus respectivos locais de atuação.

As comissões de seleção e de premiação serão constituídas por profissionais especializados (curadores, pesquisadores e críticos de arte) vindos de Goiânia (GO), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). O 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste será documentado em catálogo criteriosamente projetado e com distribuição gratuita, e desenvolverá um programa de ação educativa que visa estimular o público para discutir questões contidas nas obras expostas.

A exposição ocorre no recentemente inaugurado (09 de dezembro) Centro Cultural da UFG, dirigido por Carlos Sena. É um espaço da Pró-reitoria da Extensão e Cultura da instituição e conta, entre outros espaços, com salas de exposição, teatro e livraria.

O projeto do 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste foi premiado pelo Edital de Apoio a Festivais de Fotografia, Performance e Salões Regionais, da Fundação Nacional de Arte (Funarte), órgão do Ministério da Cultura (MinC), e é de autoria do curador Carlos Sena Passos.

Serviço – As inscrições serão abertas hoje e poderão ser feitas até 28 de fevereiro deste ano. Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural UFG, avenida Universitária, 1533, Setor Universitário, Goiânia, ou pelo telefone (62) 3209-6251.

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Clássicos do cinema baiano são lançados em box de DVD http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/112129/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/112129/#comments Tue, 18 Jan 2011 17:03:44 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112129 Os cinéfilos da Bahia que tanto se queixam da falta de ações de preservação com a cinematografia baiana terão agora ao seu alcance clássicos da produção local. Como parte de um programa de preservação do cinema da Bahia, foi lançado um box de DVDs em comemoração aos 100 anos de cinema baiano. Intitulado Bahia, 100 Anos de Cinema, o conjunto reúne 12 DVDs contendo 30 filmes que fazem parte de um projeto inovador de resgate e difusão da memória audiovisual baiana.

Como os filmes que fazem parte da caixa de DVDs não estão à venda, para assistí-los será necessário ir a um dos

espaços de exibição da Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (Dimas) – salas Walter da Silveira e Alexandre Robatto – ou frequentar o Projeto Quartas Baianas, onde serão exibidos em incentivo à exibição da nossa memória

AUDIOVISUAL.

Cena de A Grande Feira, de Roberto Pires

A iniciativa, que partiu do governo federal (Ministério da Cultura) em parceria com a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), através da Dimas, também vai distribuir o box para bibliotecas, cineclubes e pontos de cultura.

Para o cinema baiano, que padecia com o abandono de obras de sua filmografia inicial, a iniciativa veio um pouco tarde, mas, como diria o velho ditado, antes tarde do que nunca.

A nova geração de espectadores e cineastas que tinha dificuldade para ter acesso a obras seminais de grandes nomes do cinema baiano, como Glauber Rocha (também o mais ilustre nome do cinema nacional) e Roberto Pires (autor de Redenção, primeiro longa baiano) poderá se aventurar num mosaico representativo de diversas fases do cinema baiano.

Cena de Eu me lembro, de Edgar Navarro

Filmes como O Leão de Sete Cabeças, de Glauber, e A Grande Feira, de Roberto Pires, além de obras de precursores da sétima arte baiana como Alexandre Robatto Filho e películas recentes como Eu me Lembro, de Edgar Navarro estarão disponíveis no formato digital.

Curtas também foram lembrados, como o antigo Vadiação, de Alexandre Robatto Filho, além de documentários e trabalhos em vídeo da chamada nova onda do cinema baiano, para o deleite dos amantes da sétima arte.

Instituições de pesquisa e difusão podem entrar em contato com a Dimas para receber o box. Confira abaixo contato da Dimas e calendário de exibição dos filmes:

Dimas:

71 – 3116-8124 (Núcleo de Difusão/Adolfo Gomes)

71 – 3116-8119 e 3116-8109 (Núcleo de Memória/Simone Lopes).

E-mail: programacaodimas@gmail.com

Site: www.dimas.ba.gov.br

Calendário de exibições para janeiro:

Sala Walter da Silveira

Quartas Baianas

Entrada franca

Para celebrar o lançamento da caixa de 12 DVDs comemorativa aos 100 anos de CINEMA na Bahia, lançada pela Cinemateca Brasileira em parceria com a Secult, através da Dimas/Funceb, o Projeto Quartas Baianas, ao longo do mês de janeiro, exibe vários clássicos e filmes contemporâneos remasterizados em digital.

Dia 26/01

Bahia, 100 anos de CINEMA

Adeus Rodelas (BRA, 1990)

Direção: Agnaldo Siri Azevedo

Duração: 20 min.

Classificação: 10 anos

Sinopse – Uma visão dos últimos dias de uma cidade prestes a ser inundada pela Barragem de Itaparica. Um canto desaudade, um canto de adeus.

Comunidade do Maciel – há uma gota de sangue em cada poema (BRA, 1973)

Direção: Tuna Espinheira

Duração: 20 min.

Classificação: 10 anos

Sinopse – Documentário antropológico sobre o baixo meretrício situado na área do Pelourinho. Uma comunidade formada por prostitutas, homossexuais, ladrões, traficantes e grupos de famílias em pleno centro da cidade de Salvador, ocupam uma arquitetura outrora pertencente à elite.

Bahia (BRA, 1999)

Direção: Mônica Simões

Duração: 25 min.

Classificação: 10 anos

Sinopse – Documentário sobre a cidade de Salvador, abordando temas do cotidiano: gente, arquitetura, comida, meios de transporte, luz, cor e ícones. A trilha sonora é recheada de sons e ritmos locais, de músicas de compositores baianos contemporâneos, passando do erudito ao experimental.

Mr. Abrakadabra! (BRA, 1997)

Direção: José Araripe Jr.

Duração: 3 minutos

Classificação: 10 anos

Sinopse – Um velho mágico já não consegue fazer funcionar suas mágicas. Desolado, tenta o suicídio diversas vezes, sem obter êxito. Determinado a morrer, arquiteta um super suicídio, porém, algo surpreendente acontece.

De 21 a 27 de janeiro

Sala Walter da Silveira

Entrada franca

19h

Bahia, 100 anos de Cinema

Programa

Sob o Ditame de Rude Almajesto – Sinais de Chuva (BRA, 1976)

Direção: Olney São Paulo

Duração: 13 min.

Classificação: 14 anos

Sinopse – Registro sobre as diversas experiências do homem do campo na maneira de pressagiar a chuva na região nordestina.

Diamante Bruto (BRA, 1977)

Direção: Orlando Senna

Duração: 98 min.

Elenco: José Wilker, Gilda Ferreira e Conceição Senna.

Classificação: 14 anos

Sinopse – Um astro da TV retorna à sua terra natal e reencontra Bugrinha, uma garota negra e pobre, que o ama sem querer nada em troca. O astro interessa-se pelos problemas dos garimpeiros locais, pobres e explorados, que ainda acreditam em deuses folclóricos. Durante uma festa, Bugrinha percebe que um matador profissional vai flagrar a mulher com o seu amado e se oferece para morrer no lugar dela.

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Concorrência com web e “megastores” faz mais duas vítimas: Letras e Expressões e a Da Conde http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/concorrencia-com-web-e-megastores-faz-mais-duas-vitimas-letras-e-expressoes-e-a-da-conde/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/concorrencia-com-web-e-megastores-faz-mais-duas-vitimas-letras-e-expressoes-e-a-da-conde/#comments Tue, 18 Jan 2011 17:01:49 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112127

Catharina Wrede*

A situação é cada vez mais fictícia – ou nostálgica – na cidade: dar um passeio na rua e, num reflexo do cotidiano, entrar na livraria do bairro para conferir o que há de novo, um papo com o vendedor conhecido, uma preciosa dica. Nomes familiares aos ouvidos do carioca, como Dantes, Marcabru, Só de Ler, Eça, Dona Laura e Renovar já desapareceram do mercado e, esta semana, foi a vez da tradicional Letras & Expressões, claudicante há algum tempo, fechar as portas de sua última loja ainda em atividade, no Leblon, e da Livraria DaConde, no mesmo bairro, anunciar o fim de sua loja física.

- O que está naufragando a gente é a falta de uma lei para regular os descontos. Tem loja virtual que ganha 40%, 50%, o que não é concedido para o livreiro. Esse problema aconteceu com a Letras e com todo mundo – desabafa um dos sócios da extinta livraria, que pediu para não ser identificado.

O que está naufragando a gente é a falta de uma lei para regular os descontos. Tem loja virtual que ganha 40%, 50%, o que não é concedido para o livreiro

De acordo com Milena Duchiade, proprietária da Leonardo Da Vinci, no Centro, as livrarias precisam das vendas de livros de giro alto, os best-sellers, para se manter, e como eles são encontrados muito mais baratos em megastores ou na internet, restam aos livreiros os títulos mais difíceis, de giro lento.

- Tem livreiro que compra livro na internet para vender na loja, porque às vezes vale mais a pena do que comprar da editora – revela Milena.

Diretora editorial da Nova Fronteira e da Agir, selos da Ediouro, o maior grupo editorial do país, Leila Name atribui os descontos a uma prática normal no modelo vigente de mercado:

- Estamos todos num mercado capitalista de concorrência. A grande lei que existe é o desconto. Ninguém tem desconto inferior a 40%. Se meu livro custa R$ 10, não há quem o compre por mais de R$ 6 – diz Leila.

Marcílio Pousada, porta-voz do grupo Saraiva, que hoje soma cem lojas em 15 estados brasileiros, sendo 52 delas no formato megastore, orgulha-se de a rede ter chegado ao meio virtual em 1998 – a plataforma hoje representa 36% dos lucros da empresa.

- Hoje somos a maior livraria virtual do país, com 1,8 milhão de clientes ativos na web – comemora, garantindo que a abertura da loja do Leblon não teve nada a ver com a situação da Letras & Expressões. – Eu era frequentador da Letras!

Projeto de lei causa polêmica

O presidente da Associação Nacional de Livrarias, Vitor Tavares da Silva Filho, cobra do Ministério da Cultura leis de fomento às pequenas livrarias, com medidas como isenções fiscais e desonerações. E critica o projeto de Lei n 7913/2010, apresentado pelo ex-deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que tem provocado polêmica no mercado editorial. Atualmente em tramitação no Congresso, o projeto determina que as livrarias deverão comercializar todos os títulos que receberem para garantir “a livre circulação do livro no país”, sendo obrigadas a justificar eventuais recusas por escrito às editoras ou aos autores.

- Deveríamos ter leis para proteger as livrarias e não leis que prejudicam sua atividade. Mesmo que seja aprovada, essa lei nunca funcionará na prática, já que é fisicamente impossível para qualquer livraria, seja pequena, média ou grande, dar conta de todos os títulos que recebe. Além disso, a Constituição dá garantias para o comerciante escolher o que vende – protesta Tavares, alegando que o setor livreiro não foi consultado sobre o projeto até agora.

Gerente geral da DaConde, Débora Finkielsztejn elenca todas essas dificuldades para justificar o encerramento, ao menos temporário, das atividades. A loja física fecha no dia 31. Até lá, um grande saldão vem sendo feito, com descontos de 10% a 50%. A ideia é partir para um novo local, menor, e, enquanto isso, as vendas continuam sendo feitas pelo site da livraria.

- O mercado está difícil. E a internet ainda propicia a compra de usados, muitas vezes em bom estado – explica Débora.

- O mercado está difícil. E a internet ainda propicia a compra de usados, muitas vezes em bom estado – explica Débora.

Rui Campos, um dos sócios da bem-sucedida Livraria da Travessa, aplica as teorias do naturalista Charles Darwin ao mercado livreiro e diz que a sobrevivência não é nem do mais forte e nem do mais inteligente: é do mais adaptável. Para ele, o segredo do sucesso está nas proporções do espaço físico da loja e o que consegue oferecer:

- Tem cadeia que é grande demais, fica over e não é aconchegante. Ao mesmo tempo, você não consegue fazer uma boa livraria com menos de mil metros quadrados. Talvez a gente tenha o tamanho ideal.

Já Laura Gasparian, sócia da livraria Argumento, que tem pontos no Leblon e no Rio Design Barra e teve que fechar a loja em Copacabana, não se imagina crescendo:

- Jamais seria dona de uma cadeia, porque acho muito importante estar presente na loja. É um prazer que, numa rede,

não se tem.

Representante de uma das pequenas livrarias que resistem, a Leonardo Da Vinci, Milena Duchiade conta que sobrevive de força de vontade e persistência:

- Mas vocação para herói eu também não tenho! O cemitério está cheio deles. É uma luta diária.

*Com Guilherme Freitas

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Ana de Hollanda penou por recurso da Rouanet http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/ana-de-hollanda-penou-por-recurso-da-rouanet/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/ana-de-hollanda-penou-por-recurso-da-rouanet/#comments Tue, 18 Jan 2011 16:57:57 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112124

Ministra pediu R$ 167 mil para álbum em 2007, mas projeto foi arquivado

Projetos baseados em obras dos Buarque de Hollanda pediram R$ 8,5 milhões e captaram apenas 9% do valor

LARISSA GUIMARÃES DE BRASÍLIA

Em reforma no Congresso Nacional, a Lei Rouanet já trouxe dissabores para a própria ministra da cultura, Ana de Hollanda, que é cantora e compositora, assim como o irmão Chico Buarque.

Em 2007, o projeto para a gravação do CD “Só na Canção” chegou ao Ministério da Cultura, pedindo autorização para captar R$ 167 mil.

O projeto acabou arquivado por “falta de complementação de documentos”, e o disco acabou saindo em 2009, mesmo sem patrocínio pela Lei Rouanet

A burocracia é apenas um dos pontos que a classe artística critica dentro da lei, principal mecanismo de financiamento da cultura no país.

A lei permite que produtores culturais apresentem projetos para buscar patrocínio junto à iniciativa privada. As empresas, por sua vez, podem abater até 100% do valor no Imposto de Renda.

SEM SORTE

Outros projetos que levam o sobrenome Buarque de Hollanda também não tiveram melhor sorte.

Levantamento feito pela Folha (2000-2010) mostra que há ao menos outras 18 propostas baseadas na obra do clã de regravações de músicas de Chico até filme sobre livros de Sérgio (veja alguns no quadro acima).

Somados, esses projetos pediram quase R$ 8,5 milhões em recursos da lei. Desse montante, só foram captados cerca de R$ 765 mil – 9% do valor pedido.

A maioria dos projetos pedindo recursos via Lei Rouanet foi arquivado por não conseguir patrocínio dentro do prazo estipulado. Isso é o que acontece com a maior parte dos produtores culturais que vão em busca de dinheiro da Lei Rouanet.

REFORMA

A aprovação da reforma da lei no Congresso deverá ser um dos maiores desafios para a ministra em sua gestão.

Em breve entrevista logo após assumir o cargo, ela adiantou que considera a mudança da lei “uma questão polêmica”, pois já ouviu queixas e elogios quanto ao texto enviado pelo governo ao Congresso há um ano.

Até agora, a proposta que altera a Rouanet foi aprovada na Comissão de Educação e Cultura, e ainda precisa passar por mais duas (Finanças e Constituição e Justiça).

O projeto de reforma da lei define novos critérios de distribuição dos recursos da Rouanet. A proposta prevê que a renúncia fiscal seja apenas um dos mecanismos de financiamento de cultura.

O texto também estabelece uma série de critérios para a avaliação de projetos culturais que são financiados por empresas privadas.

Procurada na sexta-feira, a assessoria da ministra informou que Ana de Hollanda tinha compromissos e não poderia responder a questões sobre a Lei Rouanet.

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Cinéfilos protestam contra o fechamento do Belas Artes http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/cinefilos-protestam-contra-o-fechamento-do-belas-artes/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/cinefilos-protestam-contra-o-fechamento-do-belas-artes/#comments Tue, 18 Jan 2011 16:53:41 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112121 Paulo Gadioli

A notícia de que um dos mais tradicionais cinemas de São Paulo, o Cine Belas Artes, terá suas portas fechadas devido a exigências contratuais com o dono do edifício pegou de surpresa diversos cinéfilos no final de 2010. Não conformados, alguns dos fiéis clientes e frequentadores do local organizaram um abaixo assinado on-line – que conta com mais de 12 mil assinaturas – e também planejaram passeatas. A primeira aconteceu na segunda feira (12/10), contando com a participação de cerca de 150 pessoas. No sábado (15/1), um número ainda maior compareceu à Avenida Paulista para protestar em evento organizada por Odete Machado.

O grupo de manifestantes fez do cinema o ponto de encontro e seguiu rumo ao MASP. Aproximadamente às 17h30, quem passeava pela Avenida Paulista podia ouvir o barulho que o grupo fazia. Apitos, mega-fones, gritos de guerra. Tudo valia para chamar a atenção dos que passavam na rua. Cartazes com dizeres como “Cine Belas Artes: Uma Máquina de Sonhos, Não de Dinheiro” e “Salve Meu Cinema” invadiam aos poucos a mais famosa avenida de São Paulo.

Utilizando um carro de som, emprestado por um casal de freqüentadores do local, os organizadores faziam questão de que todos os desavisados soubessem o que estava acontecendo. Manifestavam-se contra o fechamento do Cinema que marcou história na vida de tantos, como da atriz e artesã Silvia Paulita [foto]. “É um pedacinho da minha casa. Uma extensão da minha sala, do meu quarto, é onde eu me sinto à vontade, eu vou a hora que eu quero e o que tem lá é bom, funciona e eu gosto”, conta. “Fui lá ver Tubarão, cara”, lembra.

Além da nostalgia, outro sentimento muito presente no local era a indignação. O artista de rua conhecido como Piauí Ecologia, que tem na Avenida Paulista seu local de trabalho há mais de 22 anos, fez um inflamado discurso, apontando o fato de que na passeata deveriam estar presentes membros de orgãos governamentais como o Ministério da Cultura. “Aqui no meio dessa manifestação, tinha que ter alguém dessas secretarias aí que ganham o nosso dinheiro, pra nos defender. Mas não vem ninguém”, afirma. “Se fosse em época de eleição, tinha deputado, senador, a Dilma tinha vindo aqui”, ironiza.

Entre os políticos, o único que compareceu foi o ex-candidato a governador Fábio Feldmann. Em uma breve conversa com o Cineclick, Feldmann afirmou que o Belas Artes “é o símbolo do cinema de São Paulo”. “Ele representa uma referência pra muitas gerações de paulistas e paulistanos e, por essa razão, acho que é tão importante lutar para que o Belas Artes seja preservado para as futuras gerações”, comentou. Ele também apontou que os cinemas de rua contribuem para uma maior diversidade cultural, que tende a aumentar os níveis de desenvolvimento humano tanto da cidade quanto do país.

Sobre a questão dos cinemas de rua, o Relações Públicas do Cinema, Fernando Pereira, afirmou que este esforço vale para todos. “Essa luta a gente faz em nome do Cine Gemini [fechado em setembro de 2010] também, e de todos os cinemas de rua que estão sendo fechados”, afirmou. “A gente só quer ficar aqui, não estamos pedindo demais, queremos apenas o nosso cinema, que já está há 68 anos instalado aqui”, conta Pereira, que participou da passeata não como funcionário do cinema, mas como cidadão indignado.

Ainda está programada uma terceira passeata, no dia 17 de janeiro, em frente à residência de Flávio Maluf, locatário do edifício. Por enquanto, aguarda-se o resultado da votação que a prefeitura fará no dia 18 para decidir se o Belas Artes será tombado como patrimônio histórico. Caso seja, o prédio não se tornará uma loja, como planejado, e os cinéfilos paulistanos vão poder voltar a dormir tranquilamente. Para ver mais fotos da passeata, clique aqui.

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Na fila de Ana de Hollanda http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/na-fila-de-ana-de-hollanda/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/18/na-fila-de-ana-de-hollanda/#comments Tue, 18 Jan 2011 16:48:51 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=112119

Ana de Hollanda pode esperar em breve a visita do prefeito de Osasco

Gisele Vitória com Bela Megale

Ana de Hollanda pode esperar em breve a visita do prefeito de Osasco, Emídio de Souza. Em sua próxima viagem à Brasília, sem data definida, ele pretende conversar pessoalmente com a recém-empossada ministra da cultura e relembrá-la de seu passado. Ana ocupou o cargo de secretária da cultura de Osasco de 1986 a 1988, na gestão de Humberto Parro. Na pauta está a reforma do Teatro Municipal da cidade.

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