Ministério da Cultura - MinC » Cultura Digital http://www.cultura.gov.br/site Ministério da Cultura do Brasil - www.cultura.gov.br Wed, 19 Jan 2011 22:13:01 +0000 en hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.0.1 Cultura Digital http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/06/cultura-digital-13/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/06/cultura-digital-13/#comments Thu, 06 Jan 2011 18:01:19 +0000 marcelo.carota http://www.cultura.gov.br/site/?p=110929 A Cultura Digital, rede social em parceria com o Ministério da Cultura, foi escolhida pelo Memeburn: web savvy insight and analysis, site especializado em cultura digital, como a 9ª maior aplicação do WordPress no mundo. Em primeiro lugar ficou o NY times blogs e em 10ª, o Thought leader, uma rede social da África do Sul.

O Memeburn destaca que a Cultura Digital é uma rede social brasileira, apontada por criar uma cultura digital e social com a percepção de integrar cidadãos, instituições governamentais, empresas estatais, sociedade civil e o mercado da cultura. Para o Memeburn, a “Cultura Digital tem feito uma boa utilização da rede social Buddy Press Word Press, resultando em um site com grande padrão de interatividade com pessoas que se interessam pela cultura digital no país”.

Nos últimos três anos, o WordPress.com evoluiu para além de um simples blog e tornou-se um grande colaborador de conteúdos, centralizando mais de quinze milhões de blogs.

Ao mesmo tempo em que é quase impossível enumerar a quantidade de sites autônomos que se fortalecem pelo WordPress.org, o WordPress tem crescido exponencialmente como um software livre e gratuito, se diferenciando como o mais popular sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS) e blogs. O WordPress também tem se destacado devido à flexibilidade, facilidade e rapidez que oferece.

Cultura Digital

O principal objetivo da parceria da Cultura Digital com o Ministério da Cultura é formar uma rede avançada para a colaboração e a comunicação. A Cultura Digital promove o uso do software livre e as ações de inclusão digital, assim como a bandeira da ampliação infinita da circulação de informação e criação.

Estas novas possibilidades de difusão e acesso à cultura impactam o marco legal dos direitos autorais conforme a disposição atual e fomentam a discussão sobre novas formas de licenciamento e gestão de conteúdos. O debate abre perspectivas inteiramente novas para temas antes prisioneiros das várias formas de ortodoxia analógica, e o Ministério da Cultura utiliza este espaço para postar links, publicar e conversar sobre o assunto.

(Texto: Juliana Nepomuceno, Comunicação Social/MinC)
(Edição de imagem: Marina Ofugi e Ygor Bernardes, Comunicação Social/MinC)

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Cultura Digital http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/06/cultura-digital-12/ http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/06/cultura-digital-12/#comments Thu, 06 Jan 2011 14:48:54 +0000 marcelo.carota http://www.cultura.gov.br/site/?p=110885 Um Termo de Cooperação firmado pelo Ministério da Cultura (MinC) com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), no final de dezembro, vai possibilitar a implantação de redes nacionais de laboratórios experimentais em arte, cultura e tecnologia e de cinemas digitais universitários.  O termo garante a primeira etapa do Programa de Pesquisa e Inovação em Cultura, Arte e Tecnologia e permite que o MinC passe a integrar o contrato de gestão firmado entre a RNP e os ministérios da Educação (MEC) e da Ciência e Tecnologia (MCT).

O coordenador-geral de Cultura Digital do MinC, José Murilo Junior, considera que além de promover a interligação com outros produtores de conteúdo digital em nível ministerial, como MEC e MCT, outro ganho que a entrada do MinC no consórcio traz é o fato de que, agora, o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) discute não apenas a infraestrutura de rede, mas também o que vai passar por ela. “O Ministério da Cultura introduziu a reflexão sobre o conteúdo no âmbito do PNBL”, diz Murilo.

O MinC vai destinar, inicialmente, R$3,8 milhões à RNP. A previsão é de que até o final de 2011 os primeiros projetos pilotos estejam interligando unidades da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e Museus do Rio de Janeiro e São Paulo, além de cinemas universitários de vários pontos do país.

A rede de laboratórios experimentais em arte, cultura e tecnologia vai propiciar à comunidade de produtores e pesquisadores do segmento artístico e cultural uma plataforma digital capaz de suportar o desenvolvimento de projetos experimentais de softwares e hardwares e, também, a realização de obras e espetáculos.

Já a rede de cinemas universitários deve permitir a difusão de conteúdos audiovisuais entre a Cinemateca Brasileira, vinculada do MinC, e os cinemas e salas de exibição das instituições de ensino superior. “Vai se constituir em um espaço de experimentação para a comunidade acadêmica da área da Ciência da Computação que trabalha com problemas relativos à distribuição de conteúdos audiovisuais em rede”, explica Murilo.

A cooperação RNP/MEC/MCT/MinC e suas vinculadas, por meio desses laboratórios, vai garantir que o país possa uniformizar os protocolos de rede utilizados pelas diversas entidades públicas. O objetivo não é só melhorar a preservação e a integração de acervos culturais, mas especialmente promover a sua difusão e a ampliação do acesso.

“Isso está alinhado às diretrizes do Plano Nacional de Cultura (PNC) aprovado recentemente pelo Congresso Nacional, que reconhece a inovação científica como um valor estratégico para a cultura e que a internet de banda larga é decisiva à produção e difusão da Cultura Digital”, diz o coordenador do MinC.

A RNP é uma organização social,  e por isso pode firmar contrato de gestão com o poder público. Opera uma rede de Internet de longa distância, baseada em tecnologia de transmissão óptica, conhecida como rede Ipê, e é voltada para a comunidade brasileira de ensino e pesquisa, que agora estará integrada às instituições públicas de promoção e difusão da Cultura.

O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a cargo do Ministério das Comunicações, tem por objetivo, entre outros, acelerar a inclusão dos brasileiros na moderna Sociedade da Informação e contribuir para a evolução das redes de telecomunicações do país com vistas aos novos modelos de tecnologia e arquitetura de rede mundial.

(Texto: Marcelo Leal, Comunicação Social/MinC)
(Edição de imagem: Marina Ofugi e Ygor Bernardes, Comunicação Social/MinC)

Crédito fotos:

  • Divulgação – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
  • Lou Gold
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Colaboração e Interatividade http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/16/colaboracao-e-interatividade/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/16/colaboracao-e-interatividade/#comments Tue, 16 Nov 2010 20:35:02 +0000 carol.monteiro http://www.cultura.gov.br/site/?p=105572 Blog WebDocumentário – Projeto apresentado por Marcelo Bauer, WebDocumentário.com.br é um blog voltado para documentários realizados para internet. A partir de imagens de arquivo, diretores propõem releituras dos temas abordados, fazendo uso de outras linguagens como texto, fotografia, infográficos. “Não entendemos a internet como mais um canal. Ela é o ponto de partida e afeta diretamente a produção”, definiu Bauer. Para conhecer o projeto, visite: www.webdocumenario.com.br

Busk.com – Helder Araújo iniciou a apresentação com um dado instigante: “75% do conhecimento de uma pessoa é adquirido de maneira informal, ou seja, fora da escola. Esse conhecimento é o foco da rede social Busk.com, que tenta mensurar perfis, habilidades e talentos para, a partir deles, pautar relações em rede. Conheça aqui o projeto: http://busk.com/

Termografia da Imagem – Com uma câmera térmica – que capta temperaturas de objetos e atribui diferentes cores a eles – o fotógrafo Feco Hamburguer propõe uma arte interativa. Captando imagens de multidões ou de pessoas interessadas em experimentar a linguagem proposta, Feco compõe telas que se colocam entre a animação e a ficção científica. “Uma experiência do corpo, do espaço, da transformação”, afirma. Uma vídeo instalação do artista foi montada na Cinemateca. Confira aqui.

Conflitos Globais – Tornar estudantes protagonistas do processo de aprendizagem. Esse é um dos objetivos do projeto “Conflitos Globais”, apresentado pela jornalista Ceila Santos. Em um ambiente de jogo, o aluno assume papel de jornalista e é levado a diferentes situações como conflitos étnicos, ambientes de guerra, corrupção, entre outras. O jornalista deve buscar o entendimento de cada contexto, por meio de entrevista e dados coletados ao longo do jogo. Educação no ambiente digital. Saiba mais aqui: http://www.conflitosglobais.com.br/

Cidade Tiradentes –
O projeto de mapeamento sociocultural do bairro Cidade Tiradentes, em São Paulo, é conduzido pelo Instituto Polis, com apoio do Centro Cultura da Espanha. Propondo uma nova divisão do espaço urbano, a partir do olhar dos moradores, o mapa registra a produção cultural da cidade por meio de vídeos, fotos, textos, gráficos, e por meio de outras ferramentas. “A rede digital não substitui a rede real. Pelo contrário, por meio do mapa, artistas passaram a se conhecer, a pensar conjuntamente a produção cultural do bairro, o uso de seus espaços públicos”, observou o integrante do projeto, Luis Eduardo Tavares. Confira aqui o mapa: http://www.cidadetiradentes.org.br/

Wikiversidade – Projeto paralelo da Wikipedia, a Wikiversidade busca fomentar cursos e pesquisas científicas com base em conteúdos livres online. Objetivo é construir conhecimento de maneira colaborativa. Conheça a proposta aqui.

(Anderson Falcão, Comunicação Social/MinC)

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O futuro do livro http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/16/o-futuro-do-livro-2/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/16/o-futuro-do-livro-2/#comments Tue, 16 Nov 2010 20:11:33 +0000 carol.monteiro http://www.cultura.gov.br/site/?p=105561 O futuro do livro e da leitura a partir do livro digital foi o centro do debate em duas mesas do seminário do II Fórum da Cultura Digital Brasileira 2010 na segunda-feira, 15 de novembro. No seminário, o americano Bob Stein, do Institute for the Future of The Book, e Giselle Beiguelman, do Instituto Sérgio Motta e da PUC-SP, levantaram questões sobre o que muda na leitura e no aprendizado com a chegada dos livros digitais.

Bob Stein é um empreendedor e pensador da cultura digital. Nos anos 80, fundou a The Voyager Company, que popularizou os CD-ROMs interativos para instituições como o Museu do Louvre e a National Gallery e criou a Criterion Collection, responsável pelo relançamento de grandes clássicos do cinema em DVD. Para ele, é hora de repensar a experiência da leitura uma vez que são muitos os futuros apontados para o livro no começo do século 21.

“Se perdemos um pouco da experiência tátil e sensitiva do livro com a chegada das publicações digitais, também podemos ganhar muito com o que o livro digital nos traz de novo. Com os links, abertura para participação dos leitores, o livro se torna um espaço de congregação de leitores e até do autor. Deixa de ser uma experiência solitária para se tornar uma experiência comum de construção do conhecimento”, disse Stein.

Como exemplos, ele apresentou algumas experiências desenvolvidas no site “Future of The Book”, onde os livros são divididos como posts de um blog e abertos a comentários dos leitores. “O autor e o leitor ocupam o mesmo espaço e dessa maneira quem escreve ou propõe o texto se torna uma espécie de moderador de seminário”, define.

Para Giselle Beiguelman, com o surgimento das telas sensíveis ao toque (touchscreen),”cada vez lemos mais com as mãos do que com os olhos. A leitura não necessariamente é linear mas passa por uma trajetória de hiperlinks, áudio e vídeo.”

Stein ainda defendeu que tal concepção retoma a experiência antes de Gutemberg, quando o aprendizado era conduzido por leituras coletivas e os comentários sobre o escrito eram registrados nas margens. “A leitura era um processo de construção coletiva do conhecimento e está voltando a ter esse papel.”

Em sua opinião, o novo livro da cultura digital deveria partir do princípio da narrativa de videogames, como o War of Craft, que reúne 11 milhões de pessoas que constroem uma narrativa a partir da disputa criada em um coletivo. “Se a invenção da impressão foi fundamental para a consolidação do conceito de indivíduo, os suportes digitais de leitura estão reinventando uma leitura e uma construção de narrativas socializada.”

(Lauro Mesquita, SPC/MinC)

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Lan Houses http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/15/ii-forum-da-cultura-digital-2/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/15/ii-forum-da-cultura-digital-2/#comments Mon, 15 Nov 2010 15:21:49 +0000 carol.monteiro http://www.cultura.gov.br/site/?p=105329 A manhã do primeiro dia do Fórum Da Cultura Digital Brasileira reuniu o deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP), o membro da rede Cultura DigitalBr, Cláudio Prado, e o Presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital (ABCID), Mário Brandão, em debate sobre a situação e o futuro das lan houses do Brasil.

Mario Brandão definiu esses locais como espaços democráticos da cultura digital: “Hoje, 45 % dos usuários da internet acessam a rede pelas lan houses. No norte e no nordeste esse percentual é de 69%. Entre brasileiros com renda média de um salário mínimo mensal, o número chega a 82%”, afirmou.

No entanto, são muitas as dificuldades que enfrentam as lan houses brasileiras – hoje estimadas em 100 mil estabelecimentos –, explicou Cláudio Prado. “Elas são vistas por muitos como centros de perdição, de desvirtuação. Com isso, foram se marginalizando. Legalizá-las, hoje, embora necessário, deve ser um processo cuidadoso, pois é difícil enquadrar a diversidade de atividades que essas empresas praticam”, observou.

O deputado Paulo Teixeira, que integra as discussões na Câmara Federal sobre o tema, defende mudanças na legislação: “Todo o aparato legal que rege as lan houses no Brasil é restritivo. Impede, por exemplo, a presença de crianças ou a existência desse tipo de empresa na proximidade de escolas. É preciso entender esses espaços como centros de oportunidade”, apontou.

Mário Brandão falou ainda do futuro das lan houses no Brasil. Segundo ele, com a aprovação do Plano Nacional de Banda Larga, elas deixarão de estar voltadas apenas para a venda de banda. “E aí vem a vocação desses estabelecimentos como pontos de cultura digital diversificados”.

(Anderson Falcão, Comunicação Social/ MinC)

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II Fórum da Cultura Digital Brasileira http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/15/ii-forum-da-cultura-digital-brasileira-2/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/15/ii-forum-da-cultura-digital-brasileira-2/#comments Mon, 15 Nov 2010 13:56:47 +0000 marcelo.carota http://www.cultura.gov.br/site/?p=105304 “Esse show é um intervalo entre o primeiro tempo, que foi o Fórum Geopolítica da Cultura e Tecnlogia, e o segundo, o Fórum da Cultura Digital. E o maior propósito hoje é mostrar a diversidade cultural do Brasil”, definiu o cantor e compositor Gilberto Gil, que comandou o espetáculo promovido pelo Ministério da Cultura na noite desse domingo (14), no auditório do Ibirapuera, em São Paulo.

Diversidade de ritmos, sons, linguagens, gerações, marcaram Futurível, que contou com a presença de DJ Tudo e Sua Gente de Todo Lugar, Banda de Pife Princesa do Agreste e do grupo Macaco Bong, além do artista baiano.

DJ Tudo, que abriu a noite, levou ao palco ritmos brasileiros, como o maracatu e o baião, misturados a elementos do funk, do jazz e do dub. Musica eletrônica e instrumentos executados ao vivo pela banda Sua Gente de Todo Lugar. Ao fundo, telas e animações de Giuliano Scandiuzzi, o VJ Scan. Depois do set inicial, Gil se juntou ao grupo para interpretar “Chiclete com Banana” (Gordurinha/Almira Castilho). Na seqüência, recebeu no palco a Banda Princesa do Agreste e puxou “O canto da ema” (Alventino Cavalcanti, Aires Viana e João do Vale).

Sozinha, a Banda de Pife roubou a cena. Enfileirou composições próprias, como “Cadê Maria”, “Os preto do norte” e “Xamêgo de mãe”, e levantou o Ibirapuera com seus sopros e batuques.

No bloco seguinte, o power trio cuiabano Macaco Bong deu contornos de rock-pop à obra de Gil, presente no palco. Juntos, reiventaram hits como “Aquele abraço”, “Cérebro Eletrônico” e “Palco”.

Gilberto Gil saudou o encontro de diferentes gerações e estilos no espetáculo: “É extraordinário dividir o palco com Princesa do Agreste, que é de um tempo bom, não melhor do que esse. Aliás, eles são de uma época em que só era preciso viver bem, não viver melhor”. O artista parabenizou também o trabalho dos jovens artistas que integraram o Futurível: “Essa moçada tem um trabalho extraordinário de recuperar valores antigos. Por que o tempo de hoje precisa desse tempo, se não será tempo que se esgotará”, concluiu.

(Textos e fotos: Anderson Falcão, Comunicação Social/MinC)

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E o P2P, Minc? http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/06/e-o-p2p-minc/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/06/e-o-p2p-minc/#comments Mon, 06 Sep 2010 14:30:56 +0000 Comunicação Social/MinC http://www.cultura.gov.br/site/?p=99501 Grupo de pesquisadores envia à Casa Civil proposta de artigo que descriminaliza a troca de arquivos e paga os criadores de conteúdos trocados pela internet cobrando R$ 3,00 de cada usuário de banda larga no País

Tatiana de Mello Dias
tatiana.dias@grupoestado.com.br

No último dia da consulta pública que redefinirá a Lei de Direitos Autorais (LDA), um grupo de pesquisadores enviou uma contribuição diferente à Ministra-Chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. No documento não há manifestações de concordância ou discordância, mas o acréscimo de um novo capítulo na lei: o artigo 88-B, que criaria uma licença pública remunerada para legalizar o compartilhamento de arquivos pela internet.

O artigo foi feito por pesquisadores da UFRJ e do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai-USP), que criticou afalta de regulamentação sobre troca de arquivos online na nova legislação. O tema, diz o pesquisador do Gpo-pai Pablo Ortellado, está em discussão há dez anos na comunidade internacional. O Brasil deveria, na opinião dele, aproveitar a revisão dalei para incluir um dispositivo que garantiria a descriminalização da pirataria e a remuneração aos autores cujas obras sejam compartilhadas.

A proposta é a seguinte: os usuários de banda larga teriam um acréscimo de R$ 3 na conta mensal. Segundo o Gpopai, isso geraria arrecadação de R$ 450 milhões ao ano, “quase um ECAD”.

“Dinheiro suficiente para remunerar os envolvidos na cadeia países produtiva”, diz Ortellado.

Um sistema parecido de licença pública é adotado em outros países do mundo. O alemão Volker Grassmuck, pesquisador do Gpopai, foi quem detalhou como funcionari a alicença brasileira. Para ilustrar, ele volta ao passado: quando os gravadores permitiram às pessoas fazerem cópias privadas em suas casas, o governo alemão embutiu uma taxa de Direitos Autorais em equipamentos de gravação. Agora, diz Volker, as mudanças tecnológicas pedem outra mudança legislativa. “Hátsunami de criatividade. E, novamente, as velhas regras tornaram-se sem sentido.”

Não há ainda no mundo uma licença pública para o P2P. Mas o Brasil, diz Volker, é o país certo para essa inovação. “A licença certamente irá encontrar resistência feroz. Mas quando os artistas e o público brasileiros decidirem por isso, nada poderá detê-los. O momento é propício.”

Os criadores da proposta de legalizar o P2P lançaram na semana passada o site e uma petição online para pedir a inclusão do dispositivo na reforma da lei.

Não será fácil. No Brasil, não há nada parecido com o sistema. E a reforma proposta pelo Ministério da Cultura (MinC) não menciona diretamente o ambiente digital. O artigo que mais diz respeito ao tema é o 46, que fala sobre as limitações – casos em que se pode fazer cópias sem autorização ou pagamento.

use, contemplando usos privados e não-comerciais, e viabilizando digitalização de acervos e usos como o remix e a acessibilidade especial”, diz José Murilo Júnior, coordenador de Cultura Digital do MinC. No texto proposto pelo ministério, o usuário poderia copiar arquivos para fins privados e não-comerciais, parainteroperabilidade, remixe preservação, entre outros casos.

Mas isso não é suficiente. Para Guilherme Varella, advogado no Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), falta um capítulo específico sobre direito digital. “Seria um avanço que descriminalizaria uma série de práticas”, diz ele. “Por exemplo, se eu escrever um livro e postar no meublog, há uma licença implícita, e isso não estáclaronalei.Eutenhoodirei-to de copiar obras que o próprio autor colocou na internet.”

A Rede pela Reformada Lei de Direitos Autorais, composta pelo Idec e dezenas de outras entidades, porém, não incluiu a legalização do P2P entre as contribuições enviadas. “O Brasil ainda não alcançou essa importante discussão”, diz Varella. Segundo ele, a rede optou pelo consenso. Em geral, as entidades como Idec, CTS/FGV e UNE apoiam a proposta, mas pedem maisflexibilidade para cópias com fins educacionais e a redução no prazo de proteção dos atuais 70 para 50 anos. “É essencial. Os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário dão esse teto. O que demanda a mudança é disposição política”, diz Varella.

No geral, a proposta do MinC enfrentou mais opiniões contrárias do que a favor. No total, foram 7.863 contribuições à consulta, que aconteceu em uma plataforma WordPress adaptada pela coordenação de Cultura Digital do MinC. O processo foi semelhante à consulta do Marco Civil da Internet, mas a participação foi mais selecionada – só foram aceitos comentários com CPF. “Houve um clima de maior embate, o que demandou maior controle”, diz José Murilo.

O governo ainda não fala sobre os resultados e diz que qualquer afirmação é “precipitada”. José Murilo diz que acompanhou de perto a “complexa engenharia operada pelos colegas responsáveis pela construção da proposta” e sabe “da dificuldade em contemplar todas as perspectivas”. Ele afirma concordar com a inclusão de um mecanismo de regulação do P2P e a redução do prazo de proteção para 50 anos e espera que os “críticos tenham se mobilizado para fazer valer esta visão mais avançada”. A briga ainda vai longe e tem pelo menos até o final do ano para terminar, quando o projeto deverá ser enviado ao Congresso.

MENOS OU MAIS?

O grupo Transparência HackDay reinterpretou a base de dados da consulta. Analisando os comentários – divididos por “concordo”, “concordo com ressalvas” e “não concordo” -os hackers perceberam que a oposição “gritou numericamente”. As cinco pessoas mais ativas fizeram 650 comentários, ou 11% do total; destes, 627 eram contrários à proposta. Tudo foi feito num intervalo de 21 horas. Um usuário comentou 120 vezes em duas horas. O primeiro gráfico mostra a opinião por volume de comentários: mais comentários, mais discordância. Acima, do lado direito, a divisão: a maioria quer voltar à legislação anterior. E abaixo, linha do tempo que mostra a evolução dos comentários conforme a evolução da consulta.

LEGALIZAÇÃO DO P2P

A proposta é que todos possam trocar arquivos pagando R$ 3 por mês

1º Todos os usuários com conexões de banda larga teriam um acréscimo de R$ 3 na conta. O valor poderia variar conforme a velocidade de conexão. A internet discada seria isenta
2º O valor seria cobrado pelos provedores de acesso, que repassaria o extra arrecadado a uma entidade de gestão coletiva
3ºO funcionamento seria mais ou menos como é hoje: essa entidade seria responsável por repassar o dinheiro aos artistas conforme a popularidade da obra. Os criadores ficariam com 50% do valor arrecadado
4º Assim, seria possível disponibilizar e baixar conteúdo na web sem infringir Direitos Autorais
5º A taxa seria obrigatória e já embutida na conta da banda larga. O valor geraria uma receita de R$ 450 milhões por ano

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Governo Eletrônico e Software Livre http://www.cultura.gov.br/site/2010/08/18/governo-eletronico-e-software-livre/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/08/18/governo-eletronico-e-software-livre/#comments Wed, 18 Aug 2010 13:25:44 +0000 janaina.rocha http://www.cultura.gov.br/site/?p=97811 Começa nesta quarta-feira, 18 de agosto, a 3ª edição do Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2010). O evento ocorre em Brasília (DF) na Escola de Administração Fazendária (Esaf) do Ministério da Fazenda, que é o responsável pela realização do congresso em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

A programação do Consegi 2010 envolve 109 palestras, 71 oficinas e 17 painéis e debates, segundo o site da organização do evento. Como parte de um dos eixos temáticos, Sistemas e Aplicações livres: Desenvolvimento e Uso, a Coordenação de Cultura Digital do Ministério da Cultura (MinC) promove hoje o debate “Plataforma em Software Livre para Consulta Pública”.

Serão discutidos os modelos atuais de consulta pública, com a apresentação das experiências do marco civil na internet e da revisão da lei de direito autoral. As duas consultas foram realizadas na internet de forma colaborativa com uso de tecnologia livre. O debate começa às 16 horas na Sala John McCarthy-MA 1.

Cultura e Juventude

Com a ideia de promover troca de informações entre instituições da administração pública, sociedade e de países parceiros, o Consegi 2010 traz este ano também atividades com foco em cultura, sob a curadoria da Secretaria de Cidadania Cultural (SCC) do MinC. As atividades acontecem na Tenda Juventude e Cultura, envolvendo oficinas, rodas de conversa, apresentações culturais e cineclube, com representantes do ministério, coletivos e pontos de cultura.

Às 13 horas está prevista a apresentação do Tambores Maracatu Tamnoá. Antes do show, ocorrem as rodas de conversa sobre “Modelo de gestão de projetos em Inclusão Digital e Cultura Digital” e “Economia solidária e a construção de redes de colaboração”.

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Cultura Digital no Fisl http://www.cultura.gov.br/site/2010/07/23/cultura-digital-no-fisl/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/07/23/cultura-digital-no-fisl/#comments Fri, 23 Jul 2010 13:27:37 +0000 janaina.rocha http://www.cultura.gov.br/site/?p=95001 Integração de acervos digitalizados, sustentabilidade de redes sociais, laboratórios para experimentação no Brasil. São assuntos ligados à cultura digital e ao software livre e que estão presentes nas mesas de hoje (23), na 11ª edição do Fórum Internacional de Software Livre (fisl11), em Porto Alegre. A programação ocorre na sala Xemelê, organizada pelo Ministério da Cultura (MinC) no prédio 40 (sala 614) do Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).

Durante a manhã, a partir das 10 horas, ocorre a discussão sobre o “Ecossistema de Acervos Digitais”, com a apresentação do projeto Cervo e do protótipo da plataforma de vídeo. Em desenvolvimento, os dois projetos tem o objetivo de lidar com os desafios da digitalização de acervos na perspectiva da comunicação de dados entre as instituições envolvidas. O cervo é o protocolo que propõe essa integração digital e a plataforma de vídeo é o exemplo que demonstra essa ideia. São demandas que surgiram no Fórum da Cultura Digital Brasileira e no Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, sob a coordenação da Cultura Digital do MinC.

O primeiro debate da tarde, às 14 horas, trata da sustentabilidade da rede CulturaDigital.Br, criada ano passado. Em questão, a governança desse ambiente, que, após um ano de mobilização, agregou cerca de 5 mil usuários.

Às 17 horas será lançada a proposta de Laboratórios de Cultura Digital, RedeLabs. Os coletivos Descentro, Orquestra Organismo, MuSA, Pontão da Eco e Weblab pretendem discutir sobre as infra-estruturas oferecidas para experimentação no Brasil, sobre os modelos existentes e de que forma construir uma proposta nacional de laboratórios experimentais livres, capazes de agregar arte, cultura, tecnologia, ciências e eletrônica.

O fisl11 termina amanhã (24), com atividades da ação da Cultura Digital que envolvem pontos e pontões de cultura, organizadas pela Secretaria de Cidadania Cultural (SCC) do MinC, no Stand Xemelê, no espaço de exposições do evento.

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Banda Larga http://www.cultura.gov.br/site/2010/07/22/banda-larga/ http://www.cultura.gov.br/site/2010/07/22/banda-larga/#comments Thu, 22 Jul 2010 16:22:01 +0000 janaina.rocha http://www.cultura.gov.br/site/?p=94941 A discussão sobre conteúdos no Programa Nacional de Banda Larga (PNLB) foi tema do primeiro encontro desta manhã (22) na 11ª edição do Fórum Internacional de Software Livre (fisl11). A mesa faz parte da programação organizada pela Coordenação de Cultura Digital da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC).

Em junho, foi criado pelo governo federal o Fórum Brasil Conectado, para debater a expansão da internet de alta velocidade pelo país. As propostas do PNLB poderão ser discutidas na rede social CulturaDigital.Br, uma das 56 entidades civis selecionadas para integrar o fórum. O blog do fórum traz documentos sobre o PNBL.

Segundo James Görgen, da Secretaria do Audiovisual (SAV) do MinC, as propostas do fórum e da rede devem servir de subsídio para os grupos de trabalho (gts) que compõem o PNBL. O gt de conteúdo é formado pelo MinC e Ministério da Educação. “O fórum é a instância para ouvir, consultar e propor, com representantes do mercado, sociedade, governo federal e estadual”, disse. “Começo de agosto vamos nos reunir para iniciar o levantamento de propostas do gt.” Em relação à cultura, conteúdo pode ser produzido por cinco segmentos da cadeia produtiva do audiovisual. São eles: televisão, cinema, animação, visualização e música.

“Como a rede não é representativa e nenhum dos seus administradores têm ‘mandato’ para definir qualquer coisa, nossos esforços atuais estão focados em trazer para a discussão os diversos membros cadastrados da rede que queriam construir esse processo. Hoje a rede tem mais de 5 mil membros cadastrados”, afirmou Gabriela Agustini, representante do Fórum CulturaDigital.Br e da sociedade civil no Fórum Brasil Conectado. Para mobilizar os participantes, ela contou que a ideia é formar uma comissão auto-indicada pela rede, em que seus componentes podem se revezar nas reuniões do fórum com o compromisso relatar à comunidade. As entidades do Fórum Brasil Conectado devem se encontrar no fim de agosto para organizar propostas.

Programação - A programação de hoje da Cultura Digital do MinC tarde traz dois debates. A partir das 14 horas, será discutido o “Licenciamento de Código Desenvolvido Colaborativamente”, por palestrantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, Fundação Getúlio Vargas e Software Público, dentre outros. Já às 17 horas começa a roda de conversa sobre “Apoio ao Desenvolvimento de Softwares Livres”, tema levantado no Fórum da Cultura Digital Brasileira, ano passado.

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