A notícia de que um dos mais tradicionais cinemas de São Paulo, o Cine Belas Artes, terá suas portas fechadas devido a exigências contratuais com o dono do edifício pegou de surpresa diversos cinéfilos no final de 2010. Não conformados, alguns dos fiéis clientes e frequentadores do local organizaram um abaixo assinado on-line – que conta com mais de 12 mil assinaturas – e também planejaram passeatas. A primeira aconteceu na segunda feira (12/10), contando com a participação de cerca de 150 pessoas. No sábado (15/1), um número ainda maior compareceu à Avenida Paulista para protestar em evento organizada por Odete Machado.

O grupo de manifestantes fez do cinema o ponto de encontro e seguiu rumo ao MASP. Aproximadamente às 17h30, quem passeava pela Avenida Paulista podia ouvir o barulho que o grupo fazia. Apitos, mega-fones, gritos de guerra. Tudo valia para chamar a atenção dos que passavam na rua. Cartazes com dizeres como “Cine Belas Artes: Uma Máquina de Sonhos, Não de Dinheiro” e “Salve Meu Cinema” invadiam aos poucos a mais famosa avenida de São Paulo.

Utilizando um carro de som, emprestado por um casal de freqüentadores do local, os organizadores faziam questão de que todos os desavisados soubessem o que estava acontecendo. Manifestavam-se contra o fechamento do Cinema que marcou história na vida de tantos, como da atriz e artesã Silvia Paulita [foto]. “É um pedacinho da minha casa. Uma extensão da minha sala, do meu quarto, é onde eu me sinto à vontade, eu vou a hora que eu quero e o que tem lá é bom, funciona e eu gosto”, conta. “Fui lá ver Tubarão, cara”, lembra.

Além da nostalgia, outro sentimento muito presente no local era a indignação. O artista de rua conhecido como Piauí Ecologia, que tem na Avenida Paulista seu local de trabalho há mais de 22 anos, fez um inflamado discurso, apontando o fato de que na passeata deveriam estar presentes membros de orgãos governamentais como o Ministério da Cultura. “Aqui no meio dessa manifestação, tinha que ter alguém dessas secretarias aí que ganham o nosso dinheiro, pra nos defender. Mas não vem ninguém”, afirma. “Se fosse em época de eleição, tinha deputado, senador, a Dilma tinha vindo aqui”, ironiza.

Entre os políticos, o único que compareceu foi o ex-candidato a governador Fábio Feldmann. Em uma breve conversa com o Cineclick, Feldmann afirmou que o Belas Artes “é o símbolo do cinema de São Paulo”. “Ele representa uma referência pra muitas gerações de paulistas e paulistanos e, por essa razão, acho que é tão importante lutar para que o Belas Artes seja preservado para as futuras gerações”, comentou. Ele também apontou que os cinemas de rua contribuem para uma maior diversidade cultural, que tende a aumentar os níveis de desenvolvimento humano tanto da cidade quanto do país.

Sobre a questão dos cinemas de rua, o Relações Públicas do Cinema, Fernando Pereira, afirmou que este esforço vale para todos. “Essa luta a gente faz em nome do Cine Gemini [fechado em setembro de 2010] também, e de todos os cinemas de rua que estão sendo fechados”, afirmou. “A gente só quer ficar aqui, não estamos pedindo demais, queremos apenas o nosso cinema, que já está há 68 anos instalado aqui”, conta Pereira, que participou da passeata não como funcionário do cinema, mas como cidadão indignado.

Ainda está programada uma terceira passeata, no dia 17 de janeiro, em frente à residência de Flávio Maluf, locatário do edifício. Por enquanto, aguarda-se o resultado da votação que a prefeitura fará no dia 18 para decidir se o Belas Artes será tombado como patrimônio histórico. Caso seja, o prédio não se tornará uma loja, como planejado, e os cinéfilos paulistanos vão poder voltar a dormir tranquilamente. Para ver mais fotos da passeata, clique aqui.

O concurso é voltado a candidatos pós-graduandos, pós-graduados e pesquisadores independentes sem vinculação ou titulação acadêmica.

Realização da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC) em conjunto com o Instituto Iniciativa Cultural/Ecofalante, a premiação conta com apoio financeiro no valor de R$ 204.173,00 em recursos do Fundo Nacional da Cultura (FNC).

O processo para a seleção dos projetos vencedores nas três modalidades – tese de doutorado, dissertação de mestrado e pesquisa ou estudo sem vínculo acadêmico em cinema e audiovisual brasileiro – ocorrerá no período de 11 de janeiro a 8 de março, data em que deverá ser divulgado o resultado.

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(Ascom SAv/MinC)

Nessa primeira edição do concurso serão contempladas três pesquisas independentes/estudos acadêmicos sobre audiovisual brasileiro e as premiações estão divididas por modalidades:

• pesquisa resultante de tese de doutorado em cinema e audiovisual brasileiro
• pesquisa resultante de dissertação de mestrado em cinema e audiovisual brasileiro
• pesquisa ou estudo sem vínculo acadêmico em cinema e audiovisual brasileiro

O objetivo do Prêmio é incentivar a produção científica e cultural no país e assegurar a difusão dos trabalhos de excelência acadêmica e intelectual junto à comunidade e ao público em geral, estimulando a reflexão sobre o universo cinematográfico e audiovisual nacional.

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(Ascom SAv/MinC)

Durante a audiência, Manevy esclareceu a Santana que existem duas possibilidades e que ambas devem ser iniciadas a partir da Agência Nacional do Cinema (Ancine): propor o projeto audiovisual para captar recursos com apoio dos mecanismos da renúncia fiscal e/ou submeter a proposta para concorrer a apoio financeiro por meio do Fundo Setorial do Audiovisual.

“Como Dedé Santana é um artista reconhecido nacionalmente, ele não teria dificuldade em ser patrocinado, portanto, enviar uma proposta de projeto a Ancine para concorrer aos mecanismos de incentivo fiscal é um caminho viável. Porém, também pode optar por concorrer aos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, pois o Ministério pretende, cada vez mais, apoiar o Cinema Nacional e facilitar o acesso à produção”, disse o secretário executivo do MinC.

Acompanhado de sua equipe, o comediante ouviu as orientações e afirmou que a visita foi bastante válida. “No passado, tentei realizar um filme e encontrei muita dificuldade para conseguir apoio, mas percebo que muita coisa mudou e com os caminhos apontados pelo secretário conseguiremos realizar nosso projeto que é produzir esse filme.”

Circo

Dedé Santana contou de sua ligação com a atividade circense e pediu apoio para os pequenos circos, que atualmente enfrentam dificuldades no interior do Brasil. Alfredo Manevy afirmou que o setor vem sendo fomentado com ações da Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério, e aproveitou para pedir ao artista que ele também atue como porta-voz no Congresso Nacional em prol das diversas propostas de interesse da área cultural, como a PEC 150.

Presente ao encontro, o diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte/MinC, Marcelo Bones, informou que a instituição tem uma coordenação especifíca para o segmento do Circo e que vem desenvolvendo programas para incentivar o desenvolvimento da atividade no país como, por exemplo, o edital lançado no ano passado que distribuiu recursos para a aquisição de lonas circenses.

O humorista, ao ouvir sobre essas iniciativas, testemunhou que já presenciou os resultados de algumas delas. “No ano passado, os circos catarinenses sofreram muito com as enchentes, pois não tinham apoio, já que [os artistas] não eram considerados moradores da cidade. A premiação e a distribuição das lonas salvaram a vida deles”, afirmou Dedé Santana em seu depoimento.

(Texto: Marcos Agostinho)
(Fotos: Kleber Frqagoso)
(Comunicação Social/MinC)

O documento, assinado pela Associação Brasileira de Documentaristas (ABDn), Associação das Empresas Produtoras do Audiovisual (APBA), Coalizão Brasileira pela Diversidade Cultural (CBDC) e Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC), além de dezenas de Cineclubes e profissionais ligados ao setor, chama a atenção para o fato dos cinco Fundos Setoriais propostos na lei não contemplarem ações de fomento para os segmentos que compõem o chamado “cinema não comercial”.

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(SAv/MinC)

Os temas que serão abordados nesse encontro são: Leis de Incentivo, Auto-Sustentabilidade, Direitos Autorais, Programação, Distribuidores de Conteúdo, Formação de Redes Locais e Constituição de Federações Estaduais, ou seja, instrumentos que poderão fortalecer e dar sustentabilidade a uma forma de distribuição da produção audiovisual mais democrática e acessível ao público brasileiro.

A proposta de realização dos seminários em todo o Brasil veio da Associação Cultural Tela Brasilis, um cineclube carioca que pertence à Associação Estadual de Cineclubes do Rio de Janeiro e ao Conselho Nacional de Cineclubes brasileiros (CNC).

O projeto prevê que os 27 representantes dos estados brasileiros realizem, até o final de 2009, em seus locais de origem, oficinas, palestras e grupos de trabalho sobre o conteúdo elaborado no Rio de Janeiro pela Tela Brasilis.

Informações e credenciamento: (81) 3184-3074.

(Texto: Jane de Alencar, Ascom SAv/MinC)
(Fonte: Boletim Audiovisual da Representação Nordeste do MinC)

As inscrições dos vídeos ou produções cinematográficas, em formato DVD (Pal ou NTSC), com duração entre um e 110 minutos, serão recebidas até o dia 1º de abril e as obras, produzidas desde janeiro de 2007, não podem ter sido exibidas anteriormente no Uruguai.

Os produtores ou diretores devem incluir no ato da inscrição a ficha técnica completa do filme, com uma sinopse de cinco linhas descrevendo a obra, além de diálogos em espanhol ou inglês. As cópias em DVD devem ser acompanhadas de: fotografias, cartazes e material informativo para a imprensa; currículo do diretor com uma fotografia e possível lista de prêmios obtidos.

Todo esse material deve ser encaminhado com o seguinte endereçamento postal: Ricardo Casas, Caixa de Correio 5023, Montevidéu, Uruguai. Os remetentes deverão informar o envio para o e-mail ricardocasasb@gmail.com.

Com sede em Montevidéu, o festival também será realizado em Mar Del Plata e Rosário (Argentina), La Paz e Santa Cruz (Bolívia), Santiago do Chile (Chile), Quito (Equador), Tegucigalpa (Honduras), Guadalajara (México), Assunção (Paraguai), Lima (Peru) e San Juan (Porto Rico). Os prêmios – inclusive um do público infantil – serão concedidos durante a cerimônia de encerramento, que ocorrerá no dia 11 de julho, na capital uruguaia.

Informações: www.divercine.com.uy e +598-2 401 98 82.

(Jane Alencar, SAv/MinC)

Com direção do brasileiro Murilo Pasta, produção executiva de Roberto d’Ávila e atuações de Márcio Garcia, Mariana Loureiro e Seu Jorge, o filme foi um dos 16 selecionados para a competição de ficções internacionais (World Cinema Dramatic Competition), entre o número recorde de 1.012 inscritos.

A Agência Nacional de Cinema, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, apoia a presença do produtor com a disponibilização de passagens aéreas, por meio do Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais 2009.

Mostra de Curtas

Também recebe apoio da Ancine/MinC o curta-metragem Eu e Crocodilos (18 minutos), que participa da Mostra de Curtas Internacionais (International Short Films). Além da passagem aérea para a diretora Marcela Arantes, a produção de 2008 obteve cópia legendada em inglês e o envio da película.

Participam da mostra de curtas 41 filmes de 18 países. De acordo com a organização do Festival, serão exibidos filmes com temáticas distintas como, por exemplo, uma animação futurística francesa, uma paródia da pornografia sueca, uma comédia sobre um mágico aspirante e uma história de amor entre um pinguim e um urso polar.

Oficina de Roteiros - O projeto Porfírio, co-produção Brasil/Equador dirigida e roteirizada por Alejandro Landes, é uma das 12 propostas selecionadas para a oficina de roteiros, realizada anualmente pelo Festival. Ao longo de cinco dias, roteiristas independentes trabalham em suas obras com apoio de profissionais experientes, que os encorajam à inovação e ao enfrentamento de riscos. Em 2009, estarão reunidos roteiristas de projetos russos, norte-americanos, egípcios, indianos.

Mercado Internacional

Concorrem ao Prêmio 2009 Sundance/NHK International Filmmakers produções da América Latina, EUA, Europa e Japão. O Brasil tem dois diretores presentes entre os 12 finalistas: Fellipe Barbosa, por Casa Grande, e Marcelo Gomes e Cao Guimarães, por The Man of the Crowd. Os vencedores – que serão anunciados em 22 de janeiro – disputam quatro prêmios de US$ 10 mil e a garantia da NHK – maior TV do Japão – de compra dos direitos dos produtos para distribuição naquele país.

Escrito em parceria com Karen Sztajnberg, o filme Casa Grande trata da luta de um adolescente para definir seu futuro e explora temas de classes sociais no interior da elite decadente carioca. Felipe Barbosa foi incluído na lista dos ’25 novos rostos do Filme independente’ da Filmmaker Magazine em 2008.

Já The Man of the Crowd traz dois solitários empregados do metrô de uma grande cidade que gradualmente aproximam-se. O primeiro filme de Marcelo Gomes, Cinema, Aspirinas e Urubus, foi premiado na Mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes de 2005. Por sua vez, o realizador cinematográfico e artista visual Cao Guimarães teve seu último filme, Andarilho, premiado no Festival de Veneza de 2007.

Informações sobre o evento cinematográfico: festival.sundance.org/2009.

Leia, também, a seguinte matéria relacionada: Programa Ancine de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais 2009.

Quatro produções nacionais fazem parte da lista de 54 filmes selecionados para a mostra competitiva: os documentários Cine Zé Sozinho e Loucos por Futebol, a animação Dossiê Rê Bordosa e a ficção Vida Fuleira – O artista de Rua e a Bailarina.

O evento também conta com uma mostra de curtas-metragens brasileiros e um seminário dedicado à discussão dos problemas da produção no imenso mercado da Lusofonia, com a participação do secretário  do Audiovisual do Ministério da Cultura, Sílvio Da-Rin, no sábado (29 de novembro).

A mostra brasileira reúne animações (A Noite do Vampiro, Sete Vidas, Saliva, A Peste da Janice, Vida Maria, Lúmen, O Jumento Santo, A Cidade que se acabou antes de começar, Tinha a Gata Gioconda), documentários (Mauro Shampoo – Jogador, Cabeleireiro e Homem, Atibaia de Congos e Moçambiques) e ficções nacionais (Trópico das Cabras, O Almoço – Considere um Jantar, Faça sua Escolha, O Crime da Atriz, Sete Vidas, Saliva, A Peste da Janice).

A programação inclui ainda, no dia 28, uma master class apresentada por Antonio Leal, coordenador do Fórum dos Festivais Brasileiros, que abordará os impactos econômicos e sociais dos festivais no Brasil. Uma outra master class, dia 27, visa a divulgação das técnicas de animação digital e multimídia 3D, através da análise de um conjunto de obras do premiado realizador húngaro Geza M. Toth.

A presença especial do Brasil nesta edição do Festival é fruto de uma parceria entre o FIKE, o Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual e a prefeitura do município, localizado no estado de São Paulo.

FIKE 2008

A competição internacional de curtas-metragens – o eixo central do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora – incluirá este ano 54 filmes de 20 países, selecionados a partir de 1.896 produções provenientes de 82 países.

O júri do FIKE 2008, constituído pela atriz mexicana Letícia Gutierrez, pelo realizador húngaro Geza M. Toth e pelo cineclubista açoreano Luís Pereira, atribuirá prêmios nas competições nacional, internacional e especial. Ainda será atribuído o Prêmio Onda Curta, pela RTP, e o Don Quijote Award, pelo júri da Federação Internacional de Cineclubes.

O Festival será encerrado com uma homenagem a Manoel de Oliveira – diretor de Um Filme Falado e Palavra e Utopia – que estará presente para dialogar com o público. Como tradicionalmente, enquanto decorre o FIKE, terão lugar sessões de curtas-metragens para crianças, uma ação de formação de novos públicos que este ano incidirá sobre os alunos do ensino básico.

Saiba mais: www.fikeonline.net.