Serão premiadas  200 iniciativas de criação e produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins, no valor de R$ 3 milhões

O Ministério da Cultura publicou hoje (22 de dezembro) no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 42 a 45) o resultado dos recursos da fase de habilitação do Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré e republicou a lista com os classificados no edital. Os projetos não classificados têm prazo de cinco dias úteis para interpor recurso. Ao todo, o MinC recebeu 688 inscrições. Deste total, 617 foram habilitadas, sendo que 449 receberam a pontuação mínima exigida e, portanto, estão classificadas.

A lista com os classificados foi republicada devido a um erro no sistema, que havia gerada uma listagem anterior incompleta. “A premiação valoriza a cultura do cordel como patrimônio imaterial do país”, afirma o diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos Piúba.

 Após a fase de análise dos recursos será divulgada a lista com os projetos selecionados, ou seja, aqueles que efetivamente vão ser premiados pelo Ministério da Cultura. Havendo disponibilidade financeira, o MinC poderá contemplar mais iniciativas por categoria.

Pela nova listagem, a Categoria Criação e Produção teve classificados 120 projetos de apoio à edição e reedição de folhetos de cordel – apenas 80 serão selecionados – e outros 89 para livros, CDs e DVDs – sendo que os 20 primeiros serão selecionados.

Na segunda categoria – Pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros) – foram classificadas 12 propostas, sendo que apenas 10 serão premiadas, conforme o edital.

Para a terceira categoria – Formação– foram classificadas 20 iniciativas já existentes e outras 60 novas iniciativas.  Esta categoria prevê o apoio a 50 projetos.

Em Difusão (eventos e produtos culturais que contribuam para a valorização e propagação da cultura popular, como feiras, mostras, festivais e outras iniciativas) foram classificadas 63iniciativas existentes e 85 novas. Serão premiados 30 projetos nesta categoria.

O resultado completo do edital encontra-se nos sites www.cultura.gov.br e http://mais.cultura.gov.br.

Veja aqui a publicaçãao dos classificados e desclassificados.

A partir de fevereiro, os acervos de bibliotecas públicas municipais e pontos de leitura vão contar com a assinatura de 12 revistas, feita pelo Ministério da Cultura. Estão sendo investidos R$ 5,2 milhões para a aquisição de 7 mil assinaturas de cada uma das publicações contempladas no Edital de Periódicos de Conteúdo Mais Cultura.

“A seleção pretende popularizar materiais de leitura, estimular o hábito da leitura e despertar o pensamento crítico, disponibilizando a populações urbanas e rurais, freqüentadoras de espaços culturais públicos, publicações com conteúdos diversificados e de qualidade”, afirma o diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura. Revistas, jornais e publicações de quase todas as regiões do país enviaram propostas ao edital, totalizando 62 inscritos.

            Os periódicos que vão compor o acervo das bibliotecas e demais espaços culturais são: Brasileiros, Cult, Viração, Rolling Stone, Raça Brasil, Piauí, Carta na Escola, Jornal Rascunho, Fórum Outro Mundo em Debate, Le Monde Diplomatique Brasil, Caros Amigos e Almanaque Brasil de Cultura Popular.

            Devido à legislação eleitoral, os periódicos não puderam ser distribuídos neste ano. Em reunião na última sexta-feira, os representantes da editoras responsáveis pela publicação e do Ministério da Cultura decidiram por iniciar o envio a partir de fevereiro.

Os periódicos que participaram do edital deviam, obrigatoriamente, desenvolver conteúdo sobre Cultura, Sociedade, Artes, Política e Economia, com ênfase mínima de 35% da publicação para Cultura e Artes. Além disso, tinham de oferecer um desconto de, no mínimo, 30% sobre o preço de assinaturas individuais.

         O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) lança nesta quinta-feira (16 de dezembro) a versão atualizada e revista do Caderno PNLL – que contém as diretrizes do plano, instituído em 2006 pelos ministérios da Cultura e Educação. O evento ocorre na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, às 10h.

         Na mesma ocasião será apresentado o livro “PNLL – Textos e História”, que traz documentos produzidos, na área de livro e leitura, durante a vigência do plano, bem como artigos de especialistas do setor.

         O PNLL foi instituído em 2006 pelos dois ministérios, após longo período de debates com a sociedade civil. Neste ano, durante a Pré-Conferência Setorial do Livro, Leitura e Literatura, os representantes do setor avaliaram o plano e sugeriram algumas alterações no texto que traz as diretrizes da política para o setor.

         Além dos dois livros, o PNLL está lançando também seu novo portal (www.pnll.gov.br). O novo site traz as estatísticas do setor e uma plataforma mais fácil para o manuseio do usuário que pretende se cadastrar no Mapa de Ações.

Serviço

O QUE: Lançamento dos livros Caderno do PNLL e PNLL – Textos e História

QUANDO: Dia 16 de dezembro, às 10h

ONDE: Biblioteca Mário de Andrade – Avenida São Luís, 235

         O Ministério da Cultura anunciou hoje (15 de dezembro) a ampliação do projeto Pontos de Leitura nas Fábricas. Além de Diadema (SP), onde as minibibliotecas foram implantadas desde julho passado, agora outras cinco cidades da Grande ABC receberão os espaços de leitura, beneficiando mais de 70 mil pessoas na região. Serão 25 novos Pontos de Leitura nas Fábricas, com investimento de R$ 700 mil, através do Programa Mais Cultura. Em São Bernardo do Campo, onde o diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos, anunciou a expansão, a Mercedez Bens se mostrou interessada em aderir ao projeto. O Grupo Papaiz aproveitou a ocasião para entregar ao MinC pedido oficial de ampliação do projeto para o Brasil, levando-o para a unidade da empresa em Salvador (BA). Enquanto o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC sugeriu a ampliação a todos os sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Cada Ponto de Leitura é composto por um acervo de 650 obras – exemplares de literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, DVD’s, enciclopédias, entre outros – computador, impressora, estantes e pufes. Além de oferecer o acesso direto aos livros, o projeto prevê, ainda, que funcionários das empresas atuem como agentes de leitura, desenvolvendo atividades que estimulem seus colegas a interagir com o livro e o mundo literário. Desde o lançamento, em Diadema, foram mais de 4,3 mil atendimentos. Neste período, as empresas ampliaram os acervos – com doações da comunidade ou compra própria -, a quantidade de computadores e também investiram na assinatura de periódicos. Em algumas unidades, os funcionários solicitaram ainda que o ponto esteja aberto no período noturno. “Ao mesmo tempo em que é um lugar de acesso livre ao livro, o ponto de leitura é também um espaço de formação leitora”, afirma Piúba.

Expansão

Em Diadema, o projeto atende a 10 fábricas. Com o anúncio de hoje serão mais quatro na cidade, número igual em Mauá e em Santo André, duas em Ribeirão Pires, uma em Rio Grande da Serra e 10 em São Bernardo do Campo. A partir da parceria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com o MinC serão escolhidas as 25 novas indústrias a receber o projeto. Mas o presidente do sindicato, Sérgio Nobre, quer mais. Durante a cerimônia de ampliação do projeto, ele sugeriu que o MinC faça uma parceria com a CUT – que tem mais de 2,5 mil sindicatos filiados – e, desta forma, implante os pontos de leitura em todos eles. “Levar uma biblioteca para dentro da fábrica é uma conquista permanente, pois dá o acesso gratuito ao livro ao trabalhador e à sua família”, disse Nobre. Em Diadema, além os pontos de leitura são integrados à rede de bibliotecas municipais e, com isso, os trabalhadores têm acesso a um acervo de 80 mil livros.

No evento, o diretor de Recursos Humanos da Mercedez Bens, Marcos Alves, também demonstrou interesse em levar o projeto à sua unidade, que tem mais de 10 mil funcionários.

Com seu ponto em funcionamento desde setembro, o Grupo Papaiz também pretende ampliar a ação. Em encontro com o diretor do MinC, a empresa entregou ofício solicitando um ponto de leitura na unidade de Salvador, que tem mais de 900 funcionários. Em Diadema são 450. “Sabemos que com esta iniciativa estamos ajudando a melhorar as pessoas”, diz o presidente do Conselho de Administração do grupo, Paulo Papaiz. Na empresa, o ponto foi instalado junto ao refeitório e, diferente das demais, houve a contratação de uma biblioteca para gerenciar o espaço. Além disso, o grupo faz campanha de doação de acervo e investe, todos os meses, R$ 1 mil na ampliação da quantidade de livros e DVS.

Além dos Pontos de Leitura nas Fábricas, o MinC, através do Concurso Pontos de Leitura – Edição Machado de Assis, apoiou 514 iniciativas da sociedade civil de incentivo à leitura.  Outras 700 estão sendo apoiadas por meio de editais municipais ou estaduais, com recursos do Programa Mais Cultura e contrapartida dos governos locais.

Confira onde serão instalados os 25 Pontos de Leitura

• 04 em Diadema (que já tem 10)
• 04 em Mauá
• 02 em Ribeirão Pires
• 01 em Rio Grande da Serra
• 04 em Santo André
• 10 em São Bernardo

Ministério da Cultura irá premiar  200 iniciativas de criação e produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins, no valor de R$ 3 milhões

O Ministério da Cultura publicou hoje (14 de dezembro) no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 18 a 21) a portaria com os projetos classificados no Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré (para acessar a lista, clique aqui). Serão premiadas 200 iniciativas de criação e produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins, no valor de R$ 3 milhões. Os projetos não selecionados têm prazo de cinco dias úteis para interpor recurso. Ao todo, o MinC recebeu 688 inscrições.

“Esse prêmio vem atender a necessidade de ressaltar a Literatura de Cordel e linguagens afins como patrimônio imaterial do Brasil, entendendo sua unicidade e papel central na construção da identidade e da diversidade cultural brasileira”, diz o diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos Piúba.

A categoria 1 – Criação e Produção – foi a que recebeu a maior quantidade de inscrições (323). Nesta categoria, foram classificados 120 projetos de apoio à edição e reedição de folhetos de cordel – apenas 80 serão selecionados – e outros 88 para livros, CDs e DVDs – sendo que os 20 primeiros serão selecionados.

Na segunda categoria – Pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros) – foram classificadas 12 propostas, sendo que apenas 10 serão premiadas, conforme o edital.

Para a terceira categoria – Formação– foram classificadas 59 iniciativas já existentes e outras 22 novas.  Esta categoria prevê o apoio a 50 projetos.

Na quarta categoria – Difusão (eventos e produtos culturais que contribuam para a valorização e propagação da cultura popular, como feiras, mostras, festivais e outras iniciativas) foram classificadas 85 iniciativas existentes e 17 novas. Serão premiados 30 projetos nesta categoria.

Após a análise dos recursos, o MinC poderá contemplar mais iniciativas por categoria, de acordo com a disponibilidade de recursos.

O resultado completo do edital encontra-se nos site www.cultura.gov.br e http://mais.cultura.gov.br

Funcionários usufruem do ponto no intervalo do almoço

         Um projeto de sucesso em Diadema – a implantação de minibibliotecas em indústrias – agora se estende pelo ABC. Será lançado amanhã, em São Bernardo do Campo (SP), a ampliação do “Pontos de Leitura nas Fábricas”, parceria entre o Ministério da Cultura e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Serão 25 novos espaços de leitura aos trabalhadores, que já receberam 10 em Diadema (SP), durante o ano de 2010.  Através do Programa Mais Cultura, o MinC investiu R$ 700 mil no projeto que, além de Diadema, se estende também a Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André e São Bernardo do Campo.

            O anúncio da ampliação será na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, às 9h, com a presença da secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Silvana Meireles, do diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos Piúba e do presidente do sindicato, Sérgio Nobre.  

“Estamos oferecendo ao trabalhador um espaço que garante o acesso à informação e que pretendemos, estimule a leitura”, diz a secretária de Articulação Institucional e coordenadora executiva do Programa Mais Cultura, Silvana Meireles. O Programa Mais Cultura tem entre suas diretrizes, a democratização do acesso aos bens e serviços culturais, a qualificação dos ambientes sociais e urbanos e a geração de emprego e renda por meio da cultura.

Cada Ponto de Leitura é composto por um acervo de 650 obras – exemplares de literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, DVD’s, enciclopédias, entre outros – computador, impressora, estantes e pufes. Além de oferecer o acesso direto aos livros, o projeto Pontos de Leitura nas Fábricas prevê, ainda, que funcionários das empresas atuem como agentes de leitura, desenvolvendo atividades que estimulem seus colegas a interagir com o livro e o mundo literário. “O livro deve estar onde o leitor estiver. Por isso os pontos de leitura estão em fábricas, mas também em hospitais, presídios, nos mais diferentes lugares”, afirma o diretor de Livro, leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba. 

Apenas em Diadema, desde a inauguração do primeiro ponto, foram cerca de 4 mil atendimentos. A maior parte dos freqüentadores vai aos pontos para fazer leituras (33%) ou outros usos (33%) – como acessar a internet, visitas monitoradas, cursos, reuniões – seguida por fazer empréstimo de livros (27%). “É preciso facilitar o acesso da população e dos trabalhadores aos livros para que o Brasil deixe de ser um país onde as pessoas lêem, em média, menos de dois livros por ano. É muito pouco”, afirma Sérgio Nobre.

Além dos Pontos de Leitura nas Fábricas, o MinC, através do Concurso Pontos de Leitura – Edição Machado de Assis, apoiou 514 iniciativas da sociedade civil de incentivo à leitura.  Outras 700 estão sendo apoiadas por meio de editais municipais ou estaduais, com recursos do Programa Mais Cultura e contrapartida dos governos locais.

Confira onde  serão instalados os 25 Pontos de Leitura

• 04 em Diadema (que já tem 10)
• 04 em Mauá
• 02 em Ribeirão Pires
• 01 em Rio Grande da Serra
• 04 em Santo André
• 10 em São Bernardo

Serviço

O QUE: Lançamento da ampliação do Projeto Pontos de Leitura nas Fábricas

QUANDO: Amanhã (15 de dezembro), às 9h

ONDE: Sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – Rua João Basso, 231, 3° andar (auditório), Centro, São Bernardo do Campo (SP)

O Ministério da Cultura prorrogou até 10 de janeiro de 2011 as inscrições para o Edital Procultura de Programação Cultural de Livrarias. Esta é a primeira vez que o Ministério da Cultura (MinC) lança um edital específico para o setor. Serão selecionados 100 projetos de pequenas e médias livrarias brasileiras, com investimento total de R$ 3 milhões.

O novo edital é uma antiga reivindicação do setor, de que o governo fomentasse, de alguma forma, a cadeia produtiva do livro, e ao mesmo tempo contempla um dos eixos do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL) – de economia do livro -, instituído em 2006 pelos ministérios da Cultura e Educação.  “Entendemos que, ao fomentar programações culturais em livrarias, estamos oferecendo não só mais um espaço cultural aos cidadãos, mas também incentivando o contato com livro, bem como fomentando a atividade econômica. Desta forma, estamos pensando a cultura em três dimensões: simbólica, cidadã e econômica“, diz o diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba.

Poderão participar do Edital Procultura para Programação Cultural de Livrarias instituições de pequeno porte, com faturamento mensal de até R$ 60 mil, ou de médio porte, com faturamento mensal entre R$ 60 mil e R$ 90 mil, que tenham pelo menos 50% do espaço físico reservado e composto por livros e similares.  Os recursos – entre R$ 26 mil e R$ 36 mil, dependendo do porte da livraria – deverão ser investidos no desenvolvimento e/ou na manutenção de programação cultural, voltada à promoção do livro, leitura e literatura, pelo período mínimo de 12 meses. Deste modo, as instituições poderão fazer propostas para contação de histórias, oficinas de produção textual, entre outras atividades culturais de promoção do livro, leitura ou literatura.

Do total dos projetos selecionados, 60 serão de pequenas livrarias e os outros 40 de médias. As instituições selecionadas deverão, obrigatoriamente, investir, no mínimo, 20% de contrapartida sobre o valor total do projeto em recursos financeiros e/ou bens e serviços.

Confira abaixo os valores investidos por categoria:

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            Durante o encontro, Ministério da Cultura apresenta as políticas e ações da área

Começa hoje (7 de dezembro) o 1º Fórum Acreano do Livro, Leitura e Literatura, que discutirá com a sociedade as diretrizes para os Planos Municipal e Estadual do Livro e Leitura. O evento, que ocorre até quinta-feira (9 de dezembro) é uma parceria entre a Câmara Temática de Literatura e o Governo do Estado do Acre.

            Desde 2006, o país tem seu Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), que compõe as diretrizes de uma política para o setor, abrangendo ações tanto do Ministério da Cultura (MinC) e do Ministério da Educação (MEC). A meta do governo federal é que estados e municípios também construam seus planos. Para isso, estão programadas discussões, dentro do projeto Mais Livro, Mais Leitura nos estados e municípios, em diversas cidades brasileiras

            As reuniões são o início de um processo de discussão para a elaboração dos planos, que são políticas de Estado. A partir dos fóruns, a sociedade civil e governos começam uma articulação para a instituição do Plano Municipal de Livro e Leitura (PMLL) e do Plano Estadual de Livro e Leitura (PELL).

O encontro em Rio Branco apresentará o PNLL e seus resultados, além das ações de livro e leitura realizadas tanto pelo MinC quanto pelo MEC. Na ocasião também será realizada oficina sobre a construção do plano. Grupos de trabalho irão discutir os quatro eixos no PNLL (democratização do acesso, fomento à leitura e formação de mediadores, valorização da leitura e comunicação e desenvolvimento da economia do livro).

“O Plano Nacional do Livro e Leitura só ganhará ressonância e efetividade se estados e municípios abraçarem as mesmas preocupações, criando as condições para que a política do setor seja implantada”, afirma Maria Helena Signorelli, coordenadora-geral da Economia do Livro da Diretoria de Livro, Leitura e Literatura, que irá ao encontro representando o Ministério da Cultura.

O QUE: 1º Fórum Acreano do Livro, Leitura e Literatura

QUANDO: De 7 a 9 de dezembro

ONDE: Auditório David José Tadros – SENAC

Bibliotecas públicas municipais implantadas e modernizadas pelo Ministério da Cultura entre 2008 e 2009, através do Programa Mais Cultura, recebem, nos próximos 60 dias, Telecentros Comunitários do Ministério das Comunicações. Em um primeiro momento serão contempladas 486 bibliotecas. Em breve será divulgada nova lista de bibliotecas a serem contempladas.

Das 486 bibliotecas contempladas, 286 foram implantadas pelo Programa Mais Cultura entre 2008 e 2009. As outras 200 bibliotecas foram contempladas no Edital Mais Cultura de Modernização de Bibliotecas Públicas Municipais, destinado a municípios com 20 mil habitantes.

O Telecentro Comunitário é composto por 11 computadores conectados à internet banda larga. O envio dos telecentros digitais faz parte de uma parceria entre os ministérios da Cultura e das Comunicações que já apoiou outras 410 bibliotecas modernizadas pelo Programa Mais Cultura em 2009.

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendada pelo MinC, revelou que apenas 45% dos estabelecimentos possuem computador com internet.  E, do total, somente 29% oferecem o serviço ao usuário. “Para nós, do Ministério da Cultura, a biblioteca tem de ser um centro cultural dinâmico, espaço para todos os suportes de leitura”, afirma o diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba.

A iniciativa faz parte do programa de Inclusão Digital do Governo Federal, que vem realizando um grande esforço para diminuir o número de brasileiros sem acesso à internet. Até o momento foram instalados mais de 7 mil telecentros no país. Carlos Paiva, coordenador-geral de Acompanhamento de Projetos Especiais do Ministério das Comunicações, destaca a parceria dos dois ministérios como exemplo de “otimização das políticas públicas”. Para ele, a instalação dos telecentros nas bibliotecas é “de uma importância sem precedentes, pois possibilita ao leitor geral e ao usuário do local a introdução desta tecnologia”.  Paiva diz que a prioridade do Ministério das Comunicações é o atendimento às bibliotecas do Programa Mais Cultura. Mas, além destas, o ministério cadastrou, em junho, 1.250 bibliotecas, que também serão contempladas.

Desde 2007, quando foi criado, o Programa Mais Cultura já implantou 1,2 mil bibliotecas e modernizou outras 1 mil.

Veja Bibliotecas Contempladas – Mais Cultura 2008-2009 – Kit Telecentro Pregão 27.2009a lista completa das bibliotecas contempladas.

Para Fabiano dos Santos, diretor de Livro, Leitura e Literatura (DLLL/MinC), um dos grandes desafios dessa portaria é de expandir “a política para ampliação e modernização das bibliotecas, seja relacionado à ampliação do acervo, programações culturais das bibliotecas ou qualificação dos gestores, para que elas se tornem centros culturais importantes para os municípios”, explicou Fabiano.

Desde abril, o MinC investiu R$ 21 milhões no envio de 2 mil livros, mobiliário, TV, DVD e computador para todas as 420 prefeituras que, segundo o Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, não possuíam biblioteca. Dessas, 403 prefeituras já receberam o kit. Até o final deste ano, o ministério ainda enviará os equipamentos para os 17 municípios restantes. “Essa pesquisa também permitiu que o MinC pudesse ajustar e avançar cada vez mais em suas políticas de leitura. Nesses oito anos, tivemos um enorme crescimento que pode ser traduzido pela ampliação dos investimentos, que passaram de R$ 6 milhões para R$ 95 milhões anuais, sobretudo com o lançamento do programa Mais Cultura, em 2006”, explicou a secretária de Articulação Institucional do MinC, Silvana Meireles.

O envio, pelo MinC, do material necessário para a implantação das BPMs tem como contrapartida do município a responsabilidade de manter o espaço físico adequado e garantir os recursos para o seu funcionamento. Entretanto, há casos de municípios que, mesmo tendo recebido todo o material para implantar a BPM, não cumprem as contrapartidas e sequer inauguram sua biblioteca.  Em outros casos, a inauguração é realizada, mas a biblioteca é fechada ou extinta, tempos depois. De acordo com o Censo Nacional, dos 420 municípios sem biblioteca, apenas 11 nunca tiveram o equipamento. O restante fechou ou extinguiu a sua biblioteca.

“A biblioteca é um equipamento essencial na história da cultura brasileira. No entanto, elas nunca foram tão valorizadas como deveriam ser. A portaria é indutiva e não punitiva”, enfatizou o ministro Juca Ferreira. “Se o prefeito achar que não precisa de recursos federais, ele pode manter os cidadãos do seu município alheios a essas possibilidades de informação. Mas defendemos que isso deve acabar”, explicou. Atualmente, existem 17 municípios que estão resistindo a manter suas bibliotecas abertas. “Resquícios do passado, e o Brasil do século XXI não pode conviver com esse tipo de mentalidade”, completou o ministro.

Conscientização

Por meio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), o MinC detectou que alguns dos equipamentos estaduais estão defasados, por isso a exigência também se estenderá aos 27 estados e Distrito Federal, para que mantenham as bibliotecas públicas estaduais abertas e em funcionamento. Em geral, essas bibliotecas são a referência e sede de todo o sistema estadual.

“O MinC  dá o apoio para abrir e para equipar, mas é preciso ter a contrapartida. Estamos criando a consciência da importância de se ter uma biblioteca aberta nos estados e municípios”, explicou Ferreira, para quem é fundamental instituir uma política pública que garanta o acesso à cultura. “A biblioteca é um ambiente democrático para ampliar o acesso aos livros e formar novos leitores”, avaliou. O ministro acrescenta que ainda há outros dois ambientes de formação: a família e a escola.

A portaria que institui o funcionamento da biblioteca pública como pré-requisito para que a prefeitura ou estado receba recursos do Ministério da Cultura é o primeiro dispositivo desse tipo a ser aplicado a todos os requerentes.

Portal Leia Mais. Seja Mais

Ainda este ano o MinC também lançará o portal Leia Mais. Seja Mais, de incentivo à leitura. Trata-se de um espaço virtual para diversos públicos, inclusive para quem não tem o hábito de ler, onde haverá informações e depoimentos de autores brasileiros e obras, que vão desde a literatura contemporânea até os grandes clássicos, bem como dicas de projetos bem sucedidos de leitura. Boa parte do material estará disponível em versões multimídia.

O Portal será também um espaço para saber onde encontrar bibliotecas públicas e comunitárias, pontos de leitura e para o internauta comentar sobre a biblioteca da sua cidade.

(Texto: Juliana Nepomuceno, Comunicação Social/MinC)
(Fotos: Pedro França, Comunicação Social/MinC)