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Hi-tech e interativo, Cais do Sertão vai custar R$ 30 milhões

Jornal do Commercio - PE, Caderno C, em 28/12/2010

O Centro Cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga ocupará um espaço 7 mil m² no Porto do Recife, estando reservado para a implantação do Armazém 10 e uma área contígua ao Armazém 11. Parceria entre o Ministério da Cultura, o Governo de Pernambuco e o Porto de Recife, será oficialmente lançado hoje com a presença do presidente Lula, num dos últimos atos de seu governo. O projeto representa um investimento de R$ 26 milhões, sendo R$ 21 milhões oriundos do governo federal. Com aquisição de acervo deve chegar a R$ 30 milhões. Um vídeo e uma maquete serão apresentados, explicando o projeto.

Previsto para ser inaugurado dia 13 de dezembro de 2012, aniversário de nascimento de Luiz Gonzaga no ano do seu centenário, será o primeiro museu nacional hi-tech de alto porte em Pernambuco e destacará a importância de Luiz Gonzaga, ícone do sertão nordestino, para a cultura e o imaginário brasileiro. O lançamento de hoje foi precedido pelo lançamento, no aniversário do Rei do Baião, na Torre Malakoff, do livro O Rei e o baião, de Bené Fonteles, a abertura de uma exposição e shows com os violonistas Cláudio Almeida e Nonato Luís.

“O conceito do projeto é que o Sertão chegou na beira d’água, virou mar, é o mundo. Não pode mais ficar restrito ao seu universo. Como dizia Guimarães Rosa: o Sertão está na cabeça de cada um”, explica o arquiteto Marcelo Ferraz, da Brasil Arquitetura, que assina o projeto. “Vamos respeitar os armazéns, que fazem parte da paisagem da Ilha do Recife, e criar um edifício novo em frente à Torre Malakoff, com um amplo vão livre.”

O novo equipamento permitir uma imersão no Sertão. “Na entrada, o público terá o Sertão como útero. O projeto mostra o que é nascer, se criar, sair e voltar para a região e a fé do sertanejo”, explica o arquiteto. O projeto contempla uma exposição permanente audiovisual, multimídia e didática sobre Luiz Gonzaga, com projeto museográfico de Isa Crispum. No local haverá biblioteca, midiateca, salas de workshop, estúdio de gravação, ateliês, oficinas de instrumentos, dança e música.

O espaço no Porto do Recife terá ainda um anfiteatro interno para 300 pessoas, área externa para shows com capacidade de 4 mil, café-bar no térreo e restaurante no jardim-terraço da cobertura no anexo. O centro deve interagir com outros espaços que se dedicam a perpetuação da memória do Rei do Baião, como o Parque Aza Branca, em Exu, que detém o maior acervo sobre o sanfoneiro pernambucano, além dos que existem em Campina Grande e Caruaru.

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