O Ministério da Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e o Instituto Auditório Ibirapuera (IAI) anunciam hoje um novo modelo de gestão pública de um equipamento cultural. Após se tornar órfão do patrocínio da empresa de telefonia TIM, em fevereiro, o Auditório estava prestes a ficar sem recursos de manutenção, mas o governo federal resolveu adotá-lo. Será destinada, nos próximos dois anos, a quantia de R$ 13 milhões para a instituição, que muda de perfil e passa a se constituir no Centro de Referência da Música Brasileira (CRMB).Segundo o governo federal, o Auditório Ibirapuera abre o que está sendo chamado de Programa Permanente de apoio a Instituições Culturais. “Essa parceria com a Prefeitura de São Paulo e o instituto pretende redefinir as condições de sustentabilidade de uma instituição cultural no País”, disse José Luiz Herência, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. “O MinC passa a reconhecer instituições modelares, que desenvolvem um trabalho fundamental e único em sua área no País, e passa a sustentá-las diretamente”, explica o secretário de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil.
Inicialmente, o convênio entre MinC, Prefeitura e Instituto receberá R$ 5 milhões do tesouro federal, recurso direto (não incentivado). No ano que vem, receberá o restante. Atualmente, o Auditório mantém uma orquestra, uma escola de música (com cerca de 120 alunos) e uma programação anual muito elogiada. “Reconhecemos antes de tudo a excelência da programação e a vocação de se constituir num centro de reflexão sobre a música brasileira”, disse Herência.
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