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Paraíso na terra de Fernando de Noronha se estende à tela?

Agência Estado, em 18/05/2010

São Paulo, 18 (AE) – O arquipélago de Fernando de Noronha por si só é capaz de fazer qualquer um se sentir imerso em um paraíso, na utopia completa do homem com a natureza. Mas quem lá vive, precisa do espelho do cinema, para uma nova imersão nos sonhos ou nos pesadelos da tragédia humana. A partir de amanhã, os moradores do paraíso terão a primeira sala de cinema: o Cine Mabuya, que será inaugurado, às 20h, no Clube das Mães.De acordo com o comunicado enviado pelo Ministério da Cultura, o espaço recebeu equipamentos de projeção audiovisual, centenas de filmes da Programadora Brasil e oficina de capacitação do “Programa Mais Cultura” para promover sessões gratuitas à população do arquipélago, carente de infraestrutura e de equipamentos culturais.

O governo informou que o programa investiu R$ 15 mil para equipar o cineclube e capacitar a administração local para a realização das sessões e debates envolvendo os filmes exibidos. A meta do Programa é instalar 1,6 mil “Cines Mais Cultura” até o fim do ano para democratizar o acesso ao cinema nacional e apoiar a difusão da produção audiovisual brasileira por meio da exibição gratuita de filmes. A prioridade é atender localidades urbanas e rurais sem salas de cinema.

O primeiro cinema de Fernando de Noronha terá 60 lugares e, inicialmente, funcionará aos domingos, sempre às 20h, sessões antecedidas por votação popular, na qual a comunidade escolhe o filme que vai assistir entre três opções oferecidas. “Por hora, só vamos fazer uma única sessão por semana, sendo que 60% delas serão destinadas a produções nacionais. Mas, na medida em que o projeto amadurecer, nós vamos fornecer mais horários”, explica a turismóloga Manuela Fay, responsável pelo projeto, em entrevista divulgada pelo Ministério.

Urnas e cédulas foram instaladas em escolas e em frente ao Palácio São Miguel, sede administrativa da ilha, onde as pessoas poderão escolher entre Baile Perfumado (Brasil, 1996, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira), Amor & Cia (Brasil, 1999, de Helvécio Raton) e Cinema, Aspirinas e Urubus (Brasil, 2005, de Marcelo Gomes).

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2009 (Munic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que somente 9% das cidades brasileiras possuem salas comerciais de cinema.

O Cine Mabuya conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC), da administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha e do governo do Estado de Pernambuco.

Exposição – Outro evento programado para a inauguração do Cine é a exposição “A História do Cinema em Fernando de Noronha”, organizada também por Manuela Fay. A relação da comunidade da ilha com a sétima arte começou na transformação de um chafariz em um espaço para projeções, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, onde a população e os soldados, sentados nas escadarias da Igreja dos Remédios, assistiam aos filmes ao ar livre.

Ao longo das décadas, salas de projeção foram instaladas na ilha por moradores e militares, iniciativas que tiveram vida breve. Fernando de Noronha recebeu, inclusive, vários festivais de cinemas na última década, mas sempre em exibições ao ar livre ou abrigadas de forma provisória em clubes da cidade.

SERVIÇO – Inauguração do Cine Mabuya em Fernando de Noronha pelo projeto Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura

Entrada franca

Data: 19 de maio de 2010

Horário: 20h

Local: Clube das Mães

Fernando de Noronha – PE

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