O Pontão Ação Cultural tem motivos de sobra para comemorar 2009 e, como consequência, diversas ações para realizar em 2010. Ganhador do Prêmio Estórias de Ponto, de duas bolsas, a Bolsa Escola Agente Viva e Bolsa Agente Cultura Viva e do I Concurso Pontos de Leitura, que homenageou Machado de Assis, a instituição começa o ano com novidades.
Novo lugar para soltar a imaginação – Com um acervo de 650 livros, divididos em enciclopédias, literatura infantil e infanto-juvenil, didáticos, história, artes, dicionários e gibis, uma coleção de Dvds e ainda um Infocentro com dez computadores e uma Midiateca com um acervo com temas que variam de museus, artes cênicas à Patrimônio Material e imaterial o Pontão Ação Cultural abre para toda a comunidade o Pontinho de Leitura Poesia Necessária, instalado na sede do mesmo, dentro do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso.
O acervo do novo espaço é formado por três ações diferentes. Os livros, dvds e pufes coloridos, que formam um lugar agradável e serve também como chamariz para o público infantil e adolescente, vieram através do I Concurso Pontos de Leitura, o Infocentro foi adquirido pelo Pontão e a Midiateca foi formada em sua maioria pelos materiais enviados no ato da inscrição da Mostra Internacional de Teatro Infantil (MITI), realizada já há três anos na Capital.
Para a coordenadora do Pontão Ação Cultural, Viviene Lozi, o novo espaço será importante para o estímulo e fomento da Leitura. “Ganhar o primeiro concurso de Pontos de Leitura tem um significado muito importante para nós do Pontão, já que apesar de sermos os contemplados, quem verdadeiramente ganha é a sociedade, que terá de forma gratuita acesso aos livros e Dvds”, diz. Inédito em todo o país, o concurso, aberto em 2008, foi instituído pelo Ministério da Cultura, através do Programa Mais Cultura e desenvolvido pela Coordenação Geral de Livro e Leitura.
Contando estórias – E se de um lado está o fomento a Leitura com o Pontinho, de outro chega a valorização e visibilidade das ações dos Pontões e Pontos de Cultura de todo o país através do Prêmio Estórias de Ponto. Com um total de 44 projetos inscritos e 22 aprovados, sendo três na região Centro-Oeste, o principal objetivo do Prêmio é a publicação de uma biografia de um personagem importante na comunidade. Assim, o poeta Antônio Sodré foi o escolhido. “A escolha é devido a importância que Sodré tem na literatura mato-grossense, acredito que não poderíamos escolher outra pessoa. Desenvolvendo trabalhos como o Poesia Necessária já há quatro anos, ele mostra à crianças e adolescentes o quanto a poesia é importante e gera conhecimento”, afirma Viviene.
Conhecimento além da escola e dos muros da UFMT – Protagonismo juvenil, empoderamento social e o desenvolvimento pessoal e social de jovens entre 15 e 29 anos é o foco principal do Bolsa Agente Cultura Viva, que tem como único contemplado em Mato Grosso o Pontão Ação Cultural. Além de únicos representantes do estado, o Programa está possibilitando uma parceria inédita em Cuiabá, já que o Pontão tem como parceiro o Mídias Interativas Digitais (MID), grupo de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), coordenado pela professora Andrea Ferraz. Com a duração de um ano, o projeto contemplou quatro bolsistas do MID, que ensinarão a jovens da rede pública a temática Mídias Sociais.
Segundo Viviene Lozi, o Programa é importante por aproximar a universidade da rede pública de ensino. “Estaremos possibilitando um intercâmbio único, dando aos jovens um conhecimento além da sala de aula e ao grupo de pesquisas a possibilidade de ultrapassar os muros da UFMT. É apenas um pontapé inicial para que outros projetos “além muro” possam acontecer”, acredita.
Fotografia e poesia – Se a fotografia pode eternizar um momento, a poesia, por esse ponto de vista, pode ser a eternidade do momento escrito. E é assim que o projeto Poesia Necessária se une ao Bolsa Agente Escola Viva, que trabalhará a fotografia no Centro Histórico de Cuiabá com alunos da escola Professor Antonio Cesário Neto. Único contemplado de Mato Grosso, o Agente Escola Viva oferece bolsa a uma professora e três alunos da escola, que vão monitorar atividades que serão realizadas durante um ano. “O projeto é importante a partir do momento em que tira o aluno da sala de aula e mostra a ele que poesia e fotografia também são formas de aprender, educar e repassar conhecimento”, finaliza Viviene.
Participação do Leitor