Ministério da Cultura Brasil

Beth de Oxum: embaixadora das matrizes africanas no Brasil

Por Nathália Dielú e Bruna Monteiro

Coco de Umbigada. Foto: Bruna Monteiro.

Beth de Oxum não tem esse nome por acaso. Cantora e símbolo da cultura pernambucana, apresentou-se com seu Grupo Coco de Umbigada, na última terça-feira (9 de novembro), durante o Circuito Interações Estéticas, em um clima de alegria, leveza e envolvimento. Com sua família por perto, o show pareceu mais um encontro de amigos, no qual quem chegasse, já se sentia à vontade para dançar Coco e celebrar. Não havia separação entre banda e público, músico ou observador. Houve até um flautista que se arriscou e começou a tocar com a banda. Numa diversidade de cores e instrumentos, foi um espetáculo de encher os olhos e o coração de orgulho.

Beth de Oxum é, desde 2004, gestora de um Ponto de Cultura em Olinda, região metropolitana do Recife. De presença marcante, a artista está à frente do Grupo Cultural Coco de Umbigada, que faz um trabalho permanente de valorização das Matrizes Africanas, com a tradição do ritmo do Coco. Nessa busca de fazer ecoar o tocar de seus tambores, Beth tem a compreensão de que “o terreiro compõe parte significativa da cultura afro-brasileira”.  Tendo o trabalho contemplado em 2008 com o Prêmio Interações Estéticas, a artista acredita na importância da apropriação cultural dos jovens. E  por isso lidera, com um imaginário interativo de coco, rádio e arte, um programa lúdico, voltado para as crianças, na Rádio Amnésia de Olinda. Apesar da limitação dos equipamentos, já que sua rádio não tem grande alcance, ela e seu grupo veem a importância da efervescência cultural ultrapassar limites.  “Nosso tambor vai muito além de um quilômetro”, afirma.


Participação do Leitor


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